António Mota & Susana Machado's profile

Graça Morais Arts Centre . Vila Flor

Graça Morais Arts Centre
Competition . 2009
With Filipe Assunção (architect)
O museu aolongo da história consolidou a sua importância como uma “instituição dereferência e de síntese, capaz de evoluir e oferecer modelos alternativos,especialmente adequada para assinalar, caracterizar e transmitir os valores eos sinais dos tempos”1.

Na sua evolução, o museu passou aser um dos locais públicos mais importantes da cidade contemporânea,consolidando-se “como o elemento base para conseguir que os cidadãos se sintammembros de uma cidade que tem cultura e capacidade criativa”2.

De facto, outrora, podia-secaracterizar uma comunidade pela sua igreja, porque era o sítio onde a cidadeassimilava o seu orgulho. Agora, projecta-o em edifícios como o museu, o centrocultural como monumento.
O museu é além do mais, umainstituição dependente dos arquitectos e das suas criações;3 com a suaproliferação e diversificação manifestou-se como uma tipologia de ponta nodesenvolvimento da arquitectura.

Na actualidade, é evidente ointeresse cada vez maior entre as cidades em gerar o seu próprio espectáculoarquitectónico, capaz de atrair a atenção e o interesse do mundo inteiro.

Paulatinamente, o museuconverteu-se no projecto ideal para desatar toda esta potência tantoarquitectónica como representacional, sendo ambas expressão distintiva dos seusautores.

“Um dos poucos terrenos onde afantasia e a criatividade artística podem desenvolver-se todavia de forma plenae livre, é na arquitectura de museus”4.

Estas fantasias e a criatividadeartística sempre se fizeram evidenciar ao largo de toda a história do museu.Arquitectos como Leonhard Christoph Sturm, Francis Étienne-Louis Boullée, JeanNicolas Louis Durand, Le Corbusier e Mies van der Rohe desenharam as suasideias de museu, que ainda não tendo saído do papel, lograram influenciarsubstancialmente a sua evolução. Como se sabe, “[...] muitos momentos chave dahistória da arquitectura, muitas influencias importantes foram marcadas porprojectos (desenhos) que chegaram a ser paradigmáticos, que foram, quem sabe,actos desesperados de visionários que sabiam que nunca poderiam construí-los,mas que estão na base de movimentos e obras chave posteriores”5.

1 MONTANER, J.M., Museos para elsiglo XXI. 2003, Barcelona: Gustavo Gili; p. 8.
2 Ibídem, p. 151.
3 GARCÍA-HERRERA, A., Diálogo entres frecuencias. Museos con el patrimonio, desde la ciudad y ante el paisaje.Arquitectura Viva, 2001(77): p. 20 - 27; p. 20.
4 CLADDERS, J. Una teoríaconstruida: El museo Abteiberg de Mönchengladbach. en
LÓPEZ MORENO, L., LÓPEZRODRÍGUEZ, J.R. y MENDOZA CASTELLS, F., eds. El arquitecto y el museo. Ciclo deconferencias mayo-junio 1989. 1990, Colegio Oficial de Arquitectos de AndalucíaOccidental: Jerez, p. 43.
5 FRANCO, J.A., Pensamientográfico: El dibujo en la génesis de la idea arquitectónica.
Revista E.G.A., 1995(3): p. 7-14;p.10.
Graça Morais Arts Centre . Vila Flor
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Graça Morais Arts Centre Architecture Competition

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