O brincar como criação espacial

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O fazer manual como forma de pensar o mundo

Trabalho de conclusão de curso de Júlia Carvalho Passos, para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais

O presente trabalho é uma tentativa de costura das reflexões, surgidas a partir de algumas experiências ao longo da graduação de Júlia, em Arquitetura e Urbanismo, acerca das possibilidades que a arquitetura oferece à educação, se considerada como um potencializador das construções que a aproximação da cultura da infância reflete para a arquitetura, quando se permite a expressão livre do brincar.

A linha e o fazer manual, fizeram parte do projeto gráfico do livro do começo ao fim. O elemento gráfico que aproximou o digital do feito à mão, foi o tracejado, remetendo ao ponto de bordado alinhavo, como se Júlia estivesse costurando sua narrativa no decorrer do trabalho.

No miolo, foram utilizados papéis artesanais feitos pelas mãos de Iago e Papel do Quintal, eles foram inseridos na separação dos capítulos iniciais, e os tecidos bordados por Júlia dividem os temas principais do projeto: o fazer com as mãos, a dimensão do brincar e do aprendizado, arquitetura da infância e escola e artesanato. O avesso dos bordados também aparecem, fazendo parte da criação.

Temos um diagrama que se desdobra, registrando as diversas experiências de Júlia, tanto no meio acadêmico como em outras áreas, a separação foi feita por categorias: autonomia construtiva, construção na prática, pensar espaços infantis, autonomia construtiva da criança e pensar o espaço urbano com as crianças.

Já na capa, utilizamos um tecido mais neutro com bordado, para representar as criações da infância. E como arremate foi utilizada a costura japonesa. Tudo feito por vários "nós", nós das linhas, e nós, pela parceria do trabalho em conjunto com Júlia, nos bordados, no acompanhamento gráfico e nos acabamentos do livro.