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TFG - BIBLIOTECA E MIDIATECA PÚBLICA

BIBLIOTECA E MIDIATECA PÚBLICA 
Curitiba-PR é uma cidade conhecida por ser uma lugar com várias opções de turismo atrativas, devido a beleza da paisagem e edifícios públicos monumentais. No entanto estas opções de lazer, tanto na questão turística, quanto para os habitantes de Curitiba,
estão localizadas em sua grande maioria na região central da cidade, excluído os moradores das outras regiões, principalmente os que estão localizados na parte sul do município.

Levando isto em consideração a proposta de implantação do equipamento público é no bairro do Capão Raso, em frente ao terminal do Pinheirinho, o maior terminal de Curitiba, que faz conexão com toda a região sul da cidade, facilitando assim o deslocamento
e o acesso ao equipamento. O terreno está inserido num eixo de equipamentos públicos de serviço preexistentes, além do terminal do pinheirinho já citado, á norte situa-se um restaurante popular, a sul após o terminal, está a rua da cidadania da regional do Pinheirinho, além de uma unidade de saúde e uma escola de educação especial.

A liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse da informação que lhes permita exercer os seus direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade. A participação construtiva e o desenvolvimento da democracia dependem tanto de uma educação satisfatória, como de um acesso livre e sem limites ao conhecimento, ao pensamento, à cultura e à informação. A biblioteca pública é a porta de acesso local ao conhecimento, que fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais.

A proposta leva em consideração três fatores, a democratização do conhecimento, que se através do acesso aos diversos tipos de acervo, impressa, digital, e audiovisual, que estão distribuída em três blocos; segundo o edifício como opção de lazer e encontros, não é apenas um local de empréstimos de livros, mas também um lugar onde se
marca um encontro, ou este apenas acontece ao entrar em algumas das praças de chegada que o projeto induz; por último o equipamento como forma arquitetônica atrativa
e que propicie uma experiência espacial.


A implantação segue a forma do terreno, afastada da fachada sul, onde a testada situa-se voltada para o terminal, na intenção de minimizar os ruídos gerados pelos ônibus, além disso este recuo proporciona uma grande praça pública que serve de triagem para quem chega do terminal, e as árvores plantadas neste, reforçam a minimização de ruídos. O edifício é cortado por dois eixos de circulação, o primeiro derivado do fluxo entre o terminal e o restaurante popular que corta o equipamento  sem criar uma barreira, este eixo conduz o usuário através de um caminho que se afunila. O segundo sai da parte noroeste do terreno, para o centro deste, devido ao fluxo de quem vem a pé e principalmente de bicicleta; este eixo tem início em uma pequena praça coberta onde existe um paraciclo, e termina ao encontrar o primeiro eixo, criando uma grande praça interna de encontro entre os fluxos, através do qual se acessa as várias funções e blocos. Há ainda uma outra pequena praça, entre a biblioteca e o restaurante popular, sendo um espaço de transição entre os dois públicos.

Estes eixos dão a forma aos três blocos, o primeiro bloco com a fachada a sul, é onde localiza-se a biblioteca e midiateca em si, com o acervo impresso e digital. Toda esta fachada é composta por vidro triplo, para a acústica, e também por não haver insolação direta ao acervo. Este é um volume irregular, tanto em planta, resultado dos espaços públicos de circulação, quanto em corte, derivado da divisão em patamares, do acervo, de forma a evitar grandes paredões voltados para a rua, e também a criação de um espaço interno rico em visuais e dinamismo. O segundo bloco a leste, tem seu programa derivado da declividade natural do terreno, o auditório multiuso sai do mesmo nível de acesso dos outros blocos, e chega no nivel da rua a leste.

O bloco três é o único totalmente regular, por ser um volume que tem uma parte que se desloca para fora da grande cobertura, e também por ser o único que não chega a esta grande cobertura em altura. Neste o programa é dividido em cinco pequenos espaços de apoio à Biblioteca, a administração, uma sala multiusos, banheiros, a biblioteca infantil, e a biblioteca audiovisual. Todos estes blocos formam uma unidade arquitetônica, através da cobertura em comum, que tem suas extremidades no nível +8,00 m, e se inclina para o nível +6,00 m no entrada principal, como forma de conversa com os edifícios vizinhos que possuem uma altura semelhante. Está cobertura é composta por grandes vigas de madeira laminada colada, a cada 10 metros, com alturas diferentes em cada uma delas de forma que em suas extremidades sejam esbeltas gerando uma leveza visual.
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