Com o agravamento da pandemia e com a crise econômica, a fome cresce no Brasil de maneira avassaladora. Diante da criminosa falta de assistência do Governo Federal a periferia experimenta o completo descaso e o agravamento constante da FOME.
A inflação de itens básicos exclui cada vez mais o trabalhador da condição de SEGURANÇA ALIMENTAR, necessária para manter o mínimo de dignidade. Itens como gás, arroz e carne se tornaram produtos de difícil acesso para a população pobre
Diante deste cenário desolador de descaso e omissão, as Cozinhas Comunitárias do MTST são o maior exemplo de resistência organizada contra a FOME em Uberlândia. Seis cozinhas espalhadas pela periferia da cidade, conduzidas por mulheres voluntarias de luta e pela coordenação do MTST de Minas Gerais estão ajudando a garantir alimento para a população periférica.
A websérie COZINHEIRAS mostra um pouco desse trabalho, realizado na Ocupação Fidel Castro, ao lado do Parque do Sabia na encosta da BR-050.
Essas cozinhas são a prova que a periferia está resistindo com luta ao avanço do fascismo e do neoliberalismo no país, que exclui, segrega e mata a população pobre do Brasil.
Direção:
Victor Barão
Imagens:
Luiz Fernando Oliveira
Produção:
Luiza Godinho
Bruno Soares
In Memoriam:
Dona Dulcinele, a matriarca da cozinha comunitária da Ocupação Fidel Castro.
Dona Dulcinele foi uma líder comunitária e cozinheira que dedicou sua vida a alimentar e cuidar das pessoas em sua comunidade. Ela foi uma precursora da cozinha comunitária da Ocupação Fidel Castro, onde ajudou a criar um espaço onde todos eram bem-vindos para comer e compartilhar histórias.
Dona Dulcinele era uma matriarca negra, de religião de matriz africana, que nos ensinou muito sobre as plantas e seus poderes curativos. Ela sabia que a comida não era apenas uma necessidade física, mas também uma forma de nutrir o corpo e a alma.
Com sua generosidade e sabedoria, Dona Dulcinele deixou um legado duradouro na comunidade. Ela sempre será lembrada como uma líder inspiradora e uma cozinheira excepcional que alimentou não só nossos estômagos, mas também nossos corações.
Oxálá, Tia Dulcinele.
