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Conexão Solidária - UX

Processo de Projeto:
Discover    ...     Pesquisa    ...    Ideação    ...    Considerações finais    ...   Conclusão
Contexto Inicial

A Conexão Solidária é uma ong focada em melhorar as condições de mobilidade em locais públicos e privados de uso coletivo. Inicialmente eles possuíam uma plataforma, chamada Sem Barreiras, funcionando como um formulário de cadastro desses locais, com a finalidade de gerar um banco de dados colaborativo.
Abaixo podemos ver uma imagem da página inicial da ong antes do projeto.
Imagem de uma página web de fundo branco com uma faixa azul decorativa na parte superior; título “Encontre estabelecimentos acessíveis” e campos de filtragem sem obter resultados.
Dores

A partir de uma conversa inicial com os envolvidos no projeto observamos reclamações como: a aparência de formulário da página, o baixo aceso e engajamento, a falta de informações sobre os lugares, entre outras.

Com isso definimos as principais dores:
Entendendo o Problema

Matriz CSD

Então para compreender melhor o problema começamos alinhado as certezas, suposições e dúvidas em uma matriz CSD e utilizamos isso para guiar nossas pesquisas, alterando o quadro frequentemente até que tivéssemos informações suficientes para seguir com a ideação.
Desck Reseach

Iniciamos a pesquisa buscando entender:
· O que é considerado acessível em cada lugar;
· O público alvo e os níveis de acessibilidade necessários;
· As diferentes deficiências;
· As iniciativas já existentes;
· Buscamos informações externas sobre a ong;
· Utilizamos a plataforma sem barreiras;

E assim pontuamos as seguintes informações:
Análise Heurística

Vimos a necessidade de ir mais a fundo no estudo do que era oferecido na plataforma existente e como se dava a interação nela, para isso realizamos uma Análise Heurística da página. Cada um de nós utilizou individualmente a plataforma observando se as 10 das heurísticas eram seguidas, depois comparamos as respostas e montamos o seguinte quadro.
Imagem de uma tabela com as heurísticas de Nielsen representadas por uma cor e número. mostrando os problemas na página da ong, sua gravidade e possíveis soluções.
Alguns problemas foram encontrados, onde ao todo a plataforma acaba infringindo 7 das 10 heurísticas analisadas. ​​​​​​​
Bentchmarking

Além disso também estudamos alguns sites e aplicativos com propostas semelhantes seja na questão de acessibilidade ou de pesquisa por lugares, ou que de alguma forma se fez necessário no decorrer do projeto.
Neles observamos a interface, informações, recursos, avaliações e perfil dos usuários; compilando em pontos positivos e pontos negativos.
Percebemos que a partir das avaliações comentadas dessas outras plataformas conseguíamos traçar uma boa ideia do perfil dos usuários e como de dava a interação e necessidades.

Observamos que além de pessoas que possuem alguma deficiência, amigos e familiares também buscam informações sobre locais acessíveis, sendo então uma ramificação do público alvo.

Essa informação foi muito importante no decorrer do projeto pois se uma pessoa com deficiência utilizar a plataforma poderá trazer todo seu círculo social a usar também não apenas de outras pessoas com alguma deficiência, ou seja, um crescimento exponencial. Por isso demos uma atenção a mais a ela na etapa de pesquisa.
Impacto X Esforço

Por fim listamos os principais problemas encontrados e aplicamos uma matriz de impacto com base nas análises anteriores, para definir o que seria priorizado na solução. Onde deixamos em evidência o cadastro e a busca de lugares acessíveis.
Pesquisa

Proto-persona e Jornada do Usuário

A partir de então passamos a identificar o perfil dos usuário da plataforma, por isso criamos uma proto-persona para visualizar mais humanamente, suas dificuldades, necessidades e frustrações utilizando a plataforma existente.
Criamos dois perfis, o de uma pessoa com deficiência motora e o de uma pessoa típica que convive diariamente com uma pessoa neuro-divergente.
Pesquisa com os Usuários

Com a proto-persona montada e uma ideia de como é sua interação com a plataforma montamos pesquisas quantitativas e qualitativas para validar nossas suposições e sanar algumas dúvidas que ainda ficaram.

Optamos por realizar dois tipos de pesquisa, Um questionário online enviado a grupos específicos do nosso perfil de usuários, onde tivemos 30 respostas, e uma entrevista realizada com 4 das pessoas que responderam o questionário.
Resultados

Assim compilamos os resultados das duas pesquisas:
Definindo a solução

Avaliando os resultados passamos a anotar todos os insights de possíveis soluções ao problema e então montamos um MVP para priorizar o que faríamos levando em consideração o que seria mais viável com o maior impacto.
Definimos por fim manter a utilização da plataforma tendo, duas priorizações a fim de atender as necessidades tanto da ong como a dos usuários:
Desenvolvendo a Solução

Aplicações de acessibilidade

Considerando que o projeto se trata de expandir o campo da acessibilidade, nada mais correto que a plataforma também seja pensada dentro desse critério, por isso antes da sua construção, listamos importantes aplicações de acessibilidade web, tanto pelas normas já conhecidas como pelas avaliações dos usuárias; sendo elas:
Fluxo de páginas

Seguimos então com a definição de um fluxo inicial de páginas e ações, já pensando em como o novo sistema seria utilizado. Montamos então um fluxograma.
Wireframe

E em seguida usando o fluxo, idealizamos um rascunho das telas, seguindo para um primeiro protótipo de baixa fidelidade, com o intuito de visualizar melhor os elementos que seriam utilizados, a hierarquia e distribuição das informações e como estava se dando a navegação entre as telas.
Realizamos um primeiro teste através do maze para ver se a utilização estava sendo como o esperado, e percebemos que:
· As tarefas estavam sendo concluídas com sucesso
· Alguns fluxos não esperados foram observados
· Sentimos a necessidade de adicionar páginas

Então partimos para a definição dos elementos e prototipação.
Guia de Estilos

Para facilitar o processo de construção do protótipo definimos anteriormente a maioria dos elementos a serem utilizados, e conforme ia surgindo a necessidade fomos adicionando itens ao nosso guia. Definimos então: grid, espaçamentos, tipografia, cores, ícones, campos de texto, imagens entre outros; tudo levando em consideração a acessibilidade da plataforma.
Protótipo

Assim passamos para a criação do protótipo em si. Através da plataforma é possível pesquisar por lugares próximos ao usuário e saber sobre a sua acessibilidade, ou falta dela. Além de poder colaborar cadastrando lugares e fazendo avaliações. Cada atividade é bonificada com pontos e medalhas, com o intuito de estimular a interação do usuário com a plataforma, a sua divulgação e consequentemente a expansão do banco de dados com informações cada vez mais completas.
Passando para o desenvolvimento

Após a prototipação e a apresentação dela ser aprovada, fizemos o handoff de acessibilidade, um documento que garante a acessibilidade das páginas para diversas necessidades, trazendo a sua ordem de leitura e descrições para todos os elementos visíveis. Permitindo assim que seu uso seja eficiente com leitores de tela, navegação por tab, teclado sensorial entre outros.
Considerações finais

Próximos Passos

Sabemos o quanto esse projeto pode influenciar positivamente a vida de milhares de pessoas, mas também temos em mente de que esse é só o começo e que ainda tem muito que pode ser feito. Por isso já deixamos alguns dos próximos passos a serem considerados:
Métricas de sucesso

Para ajudar a medir se as expectativas da solução foram alcansadas, estabelecemos algumas métricas, considerando a experiência do usuário como central para avaliação. As métricas estabelecidas foram:

Valor
· Avaliar o percentual de pessoas que usam o aplicativo e sentem melhoras na busca de informações de acessibilidade de locais públicos e privados.

Retenção
· Repetição de busca e cadastro: Avaliar a frequência que os usuários ativos utilizam a plataforma ou retornam a utilizá-la.
· Avaliar o número de usuários ativos com o passar do tempo.

Qualidade
· Analisar as avaliações negativas de estabelecimentos, a fim de aproveitar estas informações para aprimorar as perguntas
de cadastro e até mesmo repassar necessidades de melhorias aos estabelecimentos.
· Acompanhamento da navegação e avaliações dos usuários e bugs reportados por eles, dessa forma sendo possível diagnosticar problemas e servir como ponto de partida para orientar novas melhorias


Desafios

Surgiram alguns desafios a serem superados, os quais podem interferir no sucesso do produto. Segue abaixo a descrição deles:

· Confiabilidade das avaliações de acessibilidade de locais cadastrados, já que inicialmente não terá uma base de comparação, e se torna difícil a checagem individual por um funcionário em situações de alta demanda.
· Banco de dados inicial com poucas informações. já que não há estabelecimentos cadastrados, os usuários não teriam retorno nas buscas, sendo necessário um prévio cadastro de alguns locais já conhecidos para não desestimular o usuário.
· Avaliação relativa. O que é acessível para um, pode não ser acessível para outro, assim dependendo do grupo de pessoas que avalia um local, ele pode ser considerado muito acessível ou nada acessível em uma necessidade específica deixando sua nota geral desequilibrada até que variados perfis de deficiências o avalie.
Conclusão

Aprendizados

Todo projeto é especial e nos trás o gostinho do aprendizado, de conhecer pessoas novas e lidar com desafios. Mas esse tem uma quê a mais pra mim, trabalhamos com mentores experientes que compartilharam “ouro”, suas experiências diárias e seus pontos de vista sobre elas, as decisões tomadas e seus resultados. Toda teoria é importante mas é na prática que aprendemos o que nos torna verdadeiros profissionais. E assim listei listei alguns desse aprendizados abaixo:
· Aprendi muito em como administrar o tempo nesse projeto priorizando metodologias que me trariam resultados melhores;
· A buscar o perfil de usuários no lugar certo para conseguir realizar testes mais confiáveis;
· A me comunicar mais efetivamente com os clientes, tentando evitar termos que podem ser difíceis àqueles que não trabalham com UX;
· E principalmente aprendi demais e me encantei com a área de acessibilidade, entendendo o quão ampla é, e como é essencial para tornarmos o mundo mais inclusivo.


Informações Gerais

Este projeto foi realizado para a ONG Conexão Solidária, com a mentoria de: @Janaína Moreira, @Joao Dantas , @Douglas Hougaz Jussi, @Mah do VagasUX e @Jovens Ux e Ui!

Equipe: Andreza Camurate, Caroline Gomes, Gabriel Nunes e Maria Gomes.

Ferramentas Utilizadas: Figma, Miro, Form e Maze.
Obrigada :)

Conexão Solidária - UX
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Projeto vencedor do desafio Ajude uma ONG. Desenvolvemos uma nova plataforma, com recursos de gamificação para estimular a interação e retenção d Read More

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