YBY - Festival da Música Indígena Contemporânea



Desenhamos o Festival da Música Indígena Contemporânea

YBY é o primeiro festival de música indígena contemporânea planejado e realizado por indígenas no Brasil. Ele surge para reivindicar a ocupação do espaço artístico e cultural dos povos originários e evidenciar as tradições vivas como ferramenta de luta. Apesar das tentativas históricas de obliteração da arte indígena, ela é presente e pulsante, e encontra uma rede de resistência tecida por muitas mãos, entidades e elementos. Unificando esforços de preservar sua memória ancestral e tornar essas manifestações presentes e futuras, o festival de música idealizado pela Rádio Yandê também abre espaço para fortalecer outras faces da arte indígena, através de exposições e rodas de discussões.

YBY, que significa "ilha" (água-terra-água) em Tupi Antigo, reúne elementos de força cosmológica e cria um ecossistema próprio para hospedar as diferentes vozes e etnias em um ambiente comum. O cágado, símbolo da segunda edição do evento, é a ponte de comunicação que transita entre esses ambientes contrastantes, e foi trabalhado em suas formas, texturas e nuances para traduzir a adaptabilidade e permanência, nos meios da natureza à cidade, do analógico ao digital. Trouxemos também elementos da natureza e do dia a dia das comunidades indígenas brasileiras para as ilustrações que compuseram os materiais nas mídias impressas e digitais. 

A realização do projeto só acontece a partir do diálogo com os povos indígenas. Gustavo Caboco, artista visual Wapichana, liderou os processos e mediou a constante comunicação com as lideranças do projeto, que guiaram o conceito desenvolvido de acordo com os processos das visões e cosmovisões compartilhados entre os sonhadores do YBY. Os desenhos foram realizadas manualmente mediante extensa pesquisa, diálogo e em processos colaborativos que agregaram um olhar diferenciado sobre o trabalho.

We designed the Indigenous Contemporary Music Festival

YBY is the first indigenous contemporary music festival planned and held by natives in Brazil. It intends to revindicate the space for originary peoples inside the artistic and cultural scene, as well as defend living traditions as instruments of struggle. 

Despite the historical attempts to obliterate indigenous art, it remains present, pulsant and finds a strong support network woven by many hands, entities and elements. The music festival idealized by Rádio Yandê opens up space to strengthen other strands of indigenous art through exhibitions and discussion panels. It gathers efforts to preserve ancestral memory and turn those expressions into present and future.
YBY, which means "island" (water-earth-water) in ancient Tupi, brings out cosmological strength elements and creates its own ecosystem to shelter different voices and ethnies in a common place. 

The tortoise is the symbol of the second edition and represents a communication bridge between contrasting environments. We've studied and worked its shapes, textures and nuances to translate adaptability and permanence in all environments - from nature to city, from analogical to digital.  The illustrations were composed to print and digital media and figure elements of nature and the community's routine. 
This project's only way to exist was through the dialogue with indigenous people. Gustavo Caboco (Wapichana visual artist) coordinated the process and mediated constant communication with its leaders. The ladder guided the whole concept, which was developed in accordance to the idealizers shared visions and cosmovisions.


Ficha Técnica:
Direção Criativa: Anápuáka Tupinambá Hã hã hãe, Renata Tupinambá e Gustavo Caboco | Design: Dora Suh, Felipe Lui & Fernanda Corrêa | Ilustração: Gustavo Caboco, Dora Suh, Eduardo Rosa, Felipe Lui & Fernanda Corrêa . Gerência de projeto: Lucia Angélica



YBY - Festival da Música Indígena Contemporânea
Published: