O livro Pequeno Manual Antirracista foi uma das obras nacionais mais vendidas neste ano. Lançado em dois mil e dezenove, o livro explica ao leitor como é impossível não ser racista tendo sido criado em uma sociedade que reitera estas práticas intolerantes. Por ser um manual, mesmo que pequeno, a obra também revela como os cidadãos podem construir práticas antirracistas - seja no âmbito pessoal ou profissional. O nome responsável por este sucesso de vendas é a filósofa e ativista Djamila Ribeiro, que também é autora do livro Quem Tem Medo Do Feminismo Negro?

Djamila Taís Ribeiro dos Santos nasceu no dia primeiro de agosto de mil novecentos e oitenta. É pesquisadora e mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, e hoje atua como colunista do jornal Folha de São Paulo, dos portais CartaCapital, Blogueiras Negras e da revista AzMina. Os primeiros contatos de Djamila com o ativismo se deram ainda na infância, por influência de seu pai. Estivador, militante e comunista, o pai de Djamila foi o responsável por dar este nome, de origem africana, à filha. A influência causada por seu pai fez com que Djamila começasse, logo aos dezoito anos, a se envolver com causas sociais - foi nesta idade que a filósofa se tornou parte integrante da Casa da Cultura da Mulher, uma ONG localizada em Santos, sua cidade natal. Desde então, Djamila estuda temas relacionados a gênero e raça. Seus estudos a levaram a concluir uma graduação em Filosofia, um mestrado em Filosofia Política, com ênfase em teoria feminista, e a iniciar uma segunda graduação em Jornalismo. Em dois mil e dezesseis, Djamila foi nomeada secretária-adjunta de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo.

Seus perfis nas redes sociais são sempre muito movimentados - Djamila soma mais de um milhão de seguidores no Instagram. Diferentemente do que muitos perfis no portal costumam compartilhar, a ativista tem como foco a divulgação de conhecimento e eventos que reforcem as práticas das causas que defende. Djamila Ribeiro é muitas vezes referenciada como filósofa pop, não apenas por seu alcance cibernético, mas também por suas participações em diversos programas televisivos, como é o caso do Saia Justa, veiculado pelo canal GNT, e do Entrevista Com Djamila Ribeiro, programa de entrevistas conduzido pela própria ativista no canal Futura. Segundo a ativista, é importante apropriar a internet como uma ferramenta na militância das mulheres negras, uma vez que a chamada mídia hegemônica costuma invisibilizá-las

Os livros Pequeno Manual Antirracista e Quem Tem Medo Do Feminismo Negro? Estão disponíveis em diversas livrarias físicas e virtuais. Para acompanhar mais de perto o trabalho de Djamila Ribeiro, o perfil do Instagram da ativista é o @djamilaribeiro1.