Kinæ
Interfaces físicas como estímulo da percepção da espacialidade e movimento.
Este projeto foi apresentado como trabalho de conclusão de curso(TCC) para o curso de Design - Mídia Digital da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(PUC-Rio) durante o ano de 2019. O orientador do projeto foi o professor João de Sá Bonelli.
Em um dos protótipos realizados durante a disciplina "Computação para Jogos", ministrada pelo professor Leonardo Cardarelli, foi utilizado um sensor de inclinação em uma cadeira para controlar um jogo inspirado em Asteroids (Atari, 1979). O experimento foi exposto durante a Maker Faire - Rio, realizada nos dias 3 e 4 de novembro de 2018 no Jockey Club.

Você pode conferir mais sobre este protótipo clicando aqui.​​​​​​​
A partir deste protótipo, decidi focar meus esforços em trabalhar o estímulo da percepção do espaço e do movimento do corpo, trazendo o maior número de aspectos pertencentes a diferentes sentidos humanos.

O laboratório onde as experimentações estavam sendo realizadas, o Laboratório de Interfaces Físicas Experimentais(LIFE), possui um Display Montado à Cabeça(HMD, do inglês, "Head-mounted Display") de Realidade Virtual(VR, do inglês, "Virtual Reality"), o Oculus Go, porém, não foram descobertas formas de personalizar interfaces experimentais para ele utilizando a plataforma Arduino. Além disso, foi percebido durante a pesquisa que o valor destes dispositivos era proibitivamente caros e escassos, o que levou a decisão de manter o desenvolvimento de uma forma acessível.
O estilo de dispositivo Google Cardboard foi escolhido por sua simplicidade e acessibilidade, sendo o VR Box o display escolhido. Esse tipo de sistema utiliza a tela do celular como display e lentes para garantir uma ótica compatível com a visão stereoscópica.
O Xbox Kinect 360 V2 foi utilizado em conjunção com o software Processing para captar a posição espacial da cabeça do usuário e de sua mão direita. Este dispositivo proporciona ao utilizador vagar por um ambiente virtual de forma fluida e compatível com a realidade do ambiente à sua volta.
Um Arduino Uno com um módulo Bluetooth HC-05 foi utilizado para transmitir o posicionamento dos membros para o celular utilizando a Notação de Objetos JavaScript(JSON), desta forma:
{ “head”:{“x”:-8888, “y”:-8888.88, “z”:-8888}, “hand”:{“x”:-8888, “y”:-8888, “z”:-8888} }
Um Arduino Nano com um sensor composto(Acelerômetro e Giroscópio), um módulo Bluetooth e uma bateria de 9 Volts foram conectados no circuito acima, para possibilitar uma montagem com um protótipo físico, simulando uma lanterna a ser utilizada pelo experimentador para iluminar o ambiente.
A fresadora CNC do laboratório LIFE foi utilizada para usinar o formato das duas metades do protótipo físico da lanterna, que tem aproximadamente o mesmo tamanho, formato e peso da lanterna virtual. Canais foram removidos na parte interna da lanterna para dar lugar ao circuito. As informações de inclinação nos 3 eixos são transmitidas da mesma forma que o posicionamento da cabeça e da mão direita do usuário, via Bluetooth com formatação JSON.
Um botão feito de camadas de espuma EVA e papel alumínio foi adicionado ao ambiente no topo de uma plataforma de madeira para ser uma interatividade adicional, agora entre o usuário e o mambiente. Enquanto o usuário toca o botão, a continuidade elétrica entre dois terminais conectados a folhas de alumínio é formada e o ambiente sofre uma mudança visual.
Sem estragar muito a surpresa, aqui está o vídeo promocional com a demonstração da experiência resultante do projeto:
Adicionalmente, uma linguagem escrita alienígena foi emulada e gráficos foram adicionados ao ambiente para caracterizar uma experiência de contato extraterrestre. Uma estética facetada em elementos de cena e tubos de líquido não identificados foram adicionados para dar um fator de mistério.
OBRIGADO!
Este projeto é dedicado ao meu colega de laboratório e amigo pessoal, Levy Fernandes.  Sem sua ajuda este projeto não teria chegado onde chegou e eu não seria quem sou.
Descanse em paz, irmão.
Kinae
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