Geração Ymigrante

Este trabalho pretende abordar a questão da nova vaga mi- gratória, identificando os factores que determinam os con- tornos que a diferenciam de fenómenos da mesma natureza ocorridos anteriormente.

A tomada de consciência deste fenómeno pressupõe a ca- racterização dos seus diferentes aspectos, nomeadamente as pessoas envolvidas, o seu número, o contexto em que se situam, as razões que as motivam, etc

O trabalho compõe-se em duas partes:

Numa primeira parte, desenvolver-se-á uma acção de sensibilização para o tema, incidindo sobre os aspectos mais relevantes de modo a chamar a atenção das pessoas para a dimensão do fenómeno e do impacto que tem sobre a sociedade, destacando, por exemplo, o facto de o saldo migratório diário em Portugal ser de –cem, o elevado número de jovens emigrados, as consequências deste movimento no tecido social português. Esta parte do trabalho formaliza-se no aspecto de um mural, em cartazes e em desdobráveis.

Na segunda parte, proceder-se–á à contextualização, pela apresentação visual de dados relativos os diferentes aspectos im- plicados na questão;

GERAÇÃO YMIGRANTE

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Os jovens portugueses vêem-se, hoje, empurrados para fora do país que os formou e onde construíram perspectivas de futuro profissional e pessoal. Ao partirem, revelam uma nova mentalidade, resultado da tomada de consciência da realidade com que estão confrontados.
Faço no presente trabalho a análise deste problema, esperando que ela seja útil àqueles que venham a estar nessa situação, a de potenciais emigrantes, bem como aos familiares e aos amigos desses emigrantes ou simplesmente a quem possa estar interessado no assunto e queira compreender melhor esta questão.
Com este trabalho pretendi desvendar uma realidade que, apesar de estar já bem admitida, não tem ainda os seus contornos e consequências bem definidos. Procurei desvendar as suas facetas, os seus números, mas também os seus rostos, um rosto que pode ser o meu, o de muitos dos meus colegas, o rosto de toda uma geração altamente qualificada.

-(100) ROSTOS

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Nascida entre a década de 80 e a de 90, é porventura uma das gerações mais bem preparadas de sempre. Ambiciosa, multitasker e exigente, sempre cumpriu aquilo que dela se esperava: estudou mais do que as gerações anteriores, sabe línguas, possui skills de ordem variada, adquiridos, muitas vezes em tutoriais da internet. Viaja, é culta, domina as novas tecnologias e adapta-se rapidamente a inovações e a novas condições. Ambiciosa e em alto movimento, não cabe num mercado de trabalho estagnado. Ficar sem ocupação não parece ser compatível com a sua maneira de ser. Assim, procura outros caminhos, tenta descobrir lugares onde, mais do que sucesso monetário ou estatuto, possa encontrar a realização pessoal. Emigra por não ter no seu país as condições que lhe permitam concretizar os seus anseios e seus conhecimentos, por não encontrar soluções que preencham as expectativas que criou em longos anos de aprendizagem e crescimento.

-(100) Rostos pretende afirmar-se como um acção de sensibilização para o problema que é a nova vaga de emigração portuguesa, na qual pretendo alertar todos os que com ela se cruzam de que esta é uma problemática real e que os afectados por ela somos todos nós, rostos com os quais nos cruzamos todos os dias. Hoje, porque amanhã ninguém sabe.

A partir das fotos de 100 alunos (que representam o saldo migratório português) criei uma série de objectos gráficos (mural, cartazes, desdobráveis) com o intuito de sensibilizar muito directamente o público com base nos rostos e nas frases de casa um de nós.

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mural/exposição

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desdobráveis

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Os desdobráveis encontravam-se disponíveis junto à exposição.

verso

frente

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Cartazes
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Aliando a fotografia a desabafos procura uma comunicação quase na 1ª pessoa. Para além disto, associo este factor mais emocional a um dado estatístico que remete o público, se assim estiver interessado em descobrir mais sobre o assunto no website.