CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER MINEIRA - TFG ARQ E URB

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CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER MINEIRA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - ARQUITETURA E URBANISMO

MEMORIAL DESCRITIVO

O Centro de Referência da Mulher Mineira é um projeto que visa o acolhimento humanizado de mulheres vítimas de violência doméstica, atendendo à todas as suas necessidades em um só local.

O terreno escolhido para a inserção do projeto está localizado no Bairro Lourdes na Regional Centro Sul de Belo Horizonte com acesso pela Rua dos Aimorés e Rua Santa Catarina. A escolha do terreno se deu pelo fácil acesso ao local, por estar no centro da cidade e ter maior visibilidade, pela disponibilidade de comércio e serviços no entorno imediato, pela proximidade com equipamentos que são úteis a mulher como a Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher e a Casa de Referência da Mulher Tina Martins que integram a rede de atendimento à mulher em BH.

Foram estabelecidas como premissas do projeto a preservação das palmeiras, das muretas e gradis existentes no terreno e a inclusão do Memorial das Casas que foram demolidas no terreno de forma irregular durante o processo de seu tombamento.

O principal desafio foi conceber um projeto que consistisse em diversos usos para atrair diversos públicos, necessitando de um arranjo funcional que expressasse o sentido de unidade da edificação e fosse harmonioso com todos os fluxos, ordenando os acessos e dispondo os ambientes de maneira tal que pudesse acolher as atividades públicas e privadas sem gerar nos usuários externos a sensação de um espaço de restrições e nos usuários internos uma ameaça a sua privacidade.

LOCALIZAÇÃO

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

CONCEITO E MATERIALIZAÇÃO

O conceito do projeto tem embasamento na flor da vida que simboliza a vida e a criação. É representada por seis círculos simetricamente distribuídos ao redor de um círculo central. Sendo a mulher a flor da vida, por ser capaz de gerar frutos, ela é a figura central do projeto e cada um dos círculos da flor da vida é um elemento que será atribuído a esse centro que é voltado para ela:

Humanização – Utilização de materiais naturais para revestimento como madeira, pedra, tijolo, concepção de espaços que possibilitem a socialização, aplicação do conceito de arquitetura sensorial e uso da vegetação para trazer vivacidade ao lugar.

Legibilidade - Uso de formas, materiais, texturas, cores, elementos que atribuam à esta arquitetura um valor único e passível de ser identificado pela sociedade como algo forte e marcante.

Dinamicidade – Adoção de formas que se negam a ser apenas um conjunto de linhas retas, disposição de comércio ao nível da rua, constituindo a fachada ativa e diversidade de usos para atrair vários públicos e movimentar o espaço.

Permeabilidade – Amplas aberturas posicionadas estrategicamente para que os ambientes recebam iluminação e ventilação naturais, promoção de uma arquitetura sem muros para que haja a permeabilidade visual convenientemente nas fachadas frontais.

Hospitalidade – Amplo ajardinamento frontal receptivo à apropriação de todos, disposição dos usos de acordo com os acessos público e privado para evitar conflitos como ameaça de privacidade e restrição de usos.

Ludicidade - Disposição de espaços para a brincadeira das crianças e o entretenimento dos adultos, escolha de elementos como cores e mobiliário que tragam uma ambientação alegre e estimulem o divertimento.