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"O que sinto, é o que faço. André Kertész"

"O que sinto, é o que faço. Isso para mim é o mais importante.
Todos podem ver, mas nem sempre vêem."

André Kertész é mundialmente reconhecido como um clássico da fotografia do século XX. Pessoa humilde e fiél às suas origens, a vida quotidiana das pessoas simples, foi a sua grande fonte de inspiração, e a rua o seu cenário predilecto.Mantendo sempre uma distância prudente relativamente ao poder e às fanfarras oficiais, preferiu registar a história tal como a vivem, a constroem e a sofrem os verdadeiros protagonistas, ou como se costuma dizer, <aqueles que vivem do suor do seu trabalho>, os seres mais comuns e anónimos.
Consciente das imensas possibilidades artísticas da fotografia, aquele que foi considerado uma das figuras seminais do foto-jornalismo criou uma linguagem própria para narrar os acontecimentos do seu tempo, dos quais foi testemunha atenta e sensível. Foi-o também da renovação das vanguardas. Na sua obra é perceptível a marca do surrealismo, do construtivismo e do abstraccionismo, embora íntima, está entranhadamente misturada com um profundo humanismo.*
Com uma lente parabólica, Kertész desenvolveu um estilo de distorção muito sugestivo. Por ter retomado o seu antigo hábito de anotar a data nos negativos, sabe-se que esta fotografia foi tirada a 10 de fevereiro de 1939.
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Recorrendo a diversas funcionalidades de software corrente de edição de imagem, decidi compilar a partir dessa obra nos deixada pelo mestre André Kertész, uma composição baseada em tonalidades azuis e esverdeadas, pois se o azul está relacionado com a nobreza, também por ser uma cor fria está associado à monotonia e à depressão, já o verde nos leva para o equilíbrio e para o reconforto, do corpo e do espírito em sintonia com a natureza.
*do artigo "André Kertész 1894-1985" © 2008 Robert Gurbo
"O que sinto, é o que faço. André Kertész"
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