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Estudo de Netnografia Otaku

OTAKU
Antropologia e Etnografia digital
(Otaku - Anthropology and digital ethnography)


O grupo escolheu trabalhar com o nicho Otaku devido a proximidade da maioria dos membros do grupo com o tema, afinal encontramos em comum ex-otakus, entusiastas por mangás e animes ou mesmo familiares otakus. Além disso vislumbramos neles uma comunidade de características fortes, com  expressivo número de participantes e principalmente online.
No geral os indivíduos tendem a se comportar de forma diferente no ambiente virtual (muitos otakus gostam de criar um personagem para si ou adota um nickname de algum de seus desenhos favoritos). No ambiente virtual as escolhas são mais rápidas, os relacionamentos são menos estáveis e as mudanças são mais dinâmicas. É neste ambiente que acontece a maior expressão de indicação de produtos e serviços que cada indivíduo se conecta. Por isso a importância da pesquisa netnográfica para apontar o comportamento virtual dos consumidores.



Regiões e comunidades

Neste mapeamento, é possível verificar as regiões com os principais focos das comunidades de otakus no Brasil, que são: São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Belém-PA, Fortaleza-CE e Porto Alegre-RS.

Interesses
O relatório dos principais interesses demonstra como a comunidade busca se informar. Os interesses se dão principalmente pelas notícias (71,68%), enquanto os outros estão relacionados em menor quantidade pela: comunidade (4,79%), imprensa social (4,38%), mídia on-line (1,78%) e mídia/impresso (1,78%).
Termos correlacionados
O relatório dos termos correlacionados demonstra o grau que esses termos são importantes e o volume de publicações. Os termos mais buscados são: Anime Friends e Cosplay, provavelmente devido a aproximação do evento (Anime Friends). No entanto, o maior destaque, conforme sua aceleração, é termo Dorama (drama-televisivo japonês/ novela japonesa) que se apresenta em alta na plataforma de streaming Netflix.
Otaku.com e Whatsapp
Ao definirmos a comunidade Otaku na primeira questão, realizamos o acesso a comunidade por meio de formulário. A comunidade conta com mais de dois mil membros. Realizamos a navegação no ambiente da comunidade e percebemos que a troca e colaboração dos membros ocorreria por meio de “memes” por personagens de mangás, dicas de jogos e filmes do mesmo gênero. Em sua maioria as fotos publicadas nos perfis dos membros eram também de mangás, o que não possibilitou “conhecermos” cada um deles. Ao navegar na comunidade tivemos acesso ao grupo do Whatsapp que era administrado por um membro da comunidade. Acessamos o grupo no Whatsapp e explicamos sobre a disciplina e a pesquisa que estávamos realizando, no entanto, não fomos bem-vindos pelo administrador do grupo, que mandou mensagem em privado informando que iria nos excluir do grupo porque ali não era espaço para este tipo de ação. Ao acessar e fazer as perguntas estávamos quebrando as regras. Muito solícitos, dois integrantes encaminharam mensagens em privado informando que poderiam ajudar e que consideravam importante este tipo de entrevista para desmistificar o preconceito que eles sentem ao afirmarem que são otakus.
Entrevistas in loco
Foi realizada uma pesquisa in loco diretamente com um pequeno grupo que se reúne esporadicamente, porém, há muitos anos. Este grupo consiste em ex alunos de uma escola municipal da cidade de Iracemápolis no interior de São Paulo. Foi aproveitada a visita de um dos integrantes à esta cidade, que, por coincidência, surgiu o contato com este grupo.
Depois de conhecer os pontos de interesse dos membros deste grupo de amigos com relação aos interesses que os classificaria como otakus, foi dado início aos procedimentos de entrevistas com usuários.

Tendo em mãos os dados obtidos pela pesquisa, as entrevistas online e in loco, foi iniciado o processo seguinte solicitado para esta atividade.
Mapa de empatia
Nome: Otaku e Otaka | Idade: 16 a 18 anos

Personas
Conclusão
Para uma boa pesquisa etnográfica, é necessário que um Antropólogo ou pesquisador entenda as reais motivações do estudo e evite um olhar etnocêntrico. Dessa forma, foi elaborado um questionário que pudesse proporcionar uma autorreflexão da própria comunidade sobre seus hábitos, ainda que ele rotule, de certa forma, a tribo escolhida.

Na pesquisa, cerca 60% dos respondentes consideram-se “otakus” - o sentimento de pertencimento está relacionado, principalmente, ao consumo demasiado de animes e mangás. Para algumas pessoas, este sentimento vai além e faz com que elas consumam mais da cultura nipônica, como músicas, shows, culinária e até cosplay - fantasias de personagens de animes.

Complementarmente, a pesquisa revela que somente o fato de consumir animes e mangás, de forma excessiva, não faz destas pessoas otaku: “nestes casos, é possível notar que existem casos em que não existe um aprofundamento na cultura Oriental, pessoas com este perfil tendem a consumir diversos tipos de conteúdos sem estarem inseridos em uma comunidade” explica a entrevistada Adrielle, 19 anos, consumidora de mangás e animes, mas que não se considera otaku.

A comunidade otaku é muito densa, possuindo diversas subcomunidades, como a Fundação Speedwagon, que apareceu na pesquisa. Ela é especializada em JoJo’s Bizzare Adventure - mangá japonês que conta a luta de um jovem contra forças sobrenaturais. Essas subcomunidades permitem que pessoas com interesses em comum se juntem, mesmo não fazendo parte da tribo otaku.



Participação de:  Bryan Marvila |  Juliano Cesar dos Santos Braz | Loryene Sayumi Nakahara | Marcela Mariko O. N. Sansivieri | Márcia Loch | Nilton Nogueira Moraes | Rennan Mendes da Costa Barreto

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Participation of:  Bryan Marvila |  Juliano Cesar dos Santos Braz | Loryene Sayumi Nakahara | Marcela Mariko O. N. Sansivieri | Márcia Loch | Nilton Nogueira Moraes | Rennan Mendes da Costa Barreto
Estudo de Netnografia Otaku
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Estudo de Netnografia Otaku

Projeto acadêmico realizando durante o curso de MBA de Gestão Estratégica em UX Design, pela ESPM.

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