OGMA 1918-2018
Edição Limitada de Serigrafias a duas cores sobre papel
Serigrafia ou silk-screen, é um processo de gravura planográfica, fazendo a impressão de uma imagem numa superfície, no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou espátula, através de uma tela preparada.
Na Serigrafia utiliza-se uma tela composta por uma trama feita de nylon, esticada num bastidor rectangular.
A partir do desenho original, é feita uma matriz, que resultará numa imagem no bastidor. As áreas que não são para imprimir são bloqueadas permitindo que, por pressão de um rodo, a tinta chegue ao papel atravessando a tela apenas nas zonas não bloqueadas.
Existem testemunhos similares de impressão desde a Pré-história, onde nas paredes das cavernas podemos encontrar impressões negativas de mãos. Os japoneses e chineses também usavam este processo para imprimir sobre tecidos e papéis decorativos.
Desenho final do Caudron G.3 com a “Cruz de Cristo” como insígnia militar, e inscrição “PMA” referente ao Parque de Material Aeronáutico, criado em Alverca em Julho de 1918 ao abrigo da reorganização do Serviço Aeronáutico Militar, que posteriormente viriam a ser as OGMA - Oficinas Gerais de Material Aeronáutico
Desenho final do KC-390, com a inscrição “EMBRAER”, empresa detentora da maioria do capital da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A, onde são produzidos os 10 painéis que compõem a fuselagem central do KC-390, bem como os lemes de profundidade, as carenagens do trem de aterragem e os painéis que formam o seu revestimento
Os desenhos finais para impressão são preparados em películas transparentes.
Após estarem acabados, cada desenho é passado para uma tela previamente revestida com uma emulsão foto sensível, através de prensa com luz ultravioleta.
Todo o quadro fica bloqueado, excepto a mancha do desenho.
Preparam-se as tintas para cada um dos desenhos
De seguida, coloca-se cada uma das folhas de papel para impressão na mesa, alinhada com a tela, e imprime-se a primeira prova.
Impressão do desenho, onde a tinta atravessa apenas a zona aberta do quadro.
O processo repete-se para cada prova…
Repete-se o processo com o desenho da Grua, sobre as provas já feitas com o desenho do Edifício serigrafado.
O princípio básico da serigrafia é relacionado com o princípio do Stencil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir a superfície de impressão.
Repete-se o processo com o desenho do G.3, sobre as provas já feitas com o KC-390
É produzida uma edição limitada.
Cada serigrafia é numerada, titulada e assinada, normalmente a lápis, pelo artista.
Convencionou-se a assinatura à direita, a numeração à esquerda e o título ao centro.
Uma edição compreende todas as provas numeradas.
A numeração é feita por uma fracção, onde o denominador representa o total da edição e o numerador o número da cópia dentro da edição.
Exemplo para uma edição de 27 exemplares: I/XXVII a XXVII/XVII.
O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e graphos (escrever).
Inicialmente as telas eram feitas em Seda, actualmente são em Nylon.
