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O futurismo é um movimento artístico e literário surgido em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, pelo escritor, poeta e dramaturgo italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra em questão rejeitava o moralismo e o passado. E apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.

“ [..] 10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda  natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.”

A ideia do novo é uma característica tão forte do movimento, que este chegou a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Considerava a guerra como forma de higienizar o mundo. Por isso, o futurismo apoiou e foi abraçado pelo governo fascista de Benito Mussolini, na Itália em 1922.

Após a Primeira Guerra Mundial, o Futurismo enfraqueceu, mas seu espírito inquieto e turbulento refletiu no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno.

Partindo do discurso presente no manifesto futurista e utilizando nomes como Martha Rosler, Joachim Schmidt e Piotr Uklański como inspiração, essa coleção de colagens tem como objetivo central revelar as controvérsias presentes no discurso das pessoas envolvidas com o Governo Bolsonaro. Tendo em vista que a então chamada “nova política” bebe da mesma fonte em que o fascismo italiano e, posteriormente alemão, bebeu.
Martha Rosler, artista americana, inspiração central para esse projeto, contribui com a ideia da utilização de recortes, colagens de imagens, sobreposição de textos e com teor político presente em seu trabalho. Joachim Schmidt, artista alemão, contribui com a ideia da colagem e utilização de imagens que foram descartadas / esquecidas pelo tempo. E o trabalho de Piotr Uklański, artista contemporâneo polonês-americano, é lembrado através da utilização de texturas e de obras que utilizam o papel rasgado.

Pilar na construção desse projeto, a fotografia foi utilizada na captura de texturas (paredes, papéis rasgados, cartazes colados, grafite) e na digitalização dos textos que sobrepõe as imagens. Vale ressaltar que as bases da linguagem fotográfica tiveram papel fundamental na seleção das imagens que compõem as colagens. Já que é a partir da junção de imagens que o objetivo desse trabalho é alcançado.

A cor vermelha, frequentemente utilizada como símbolo do comunismo, tem destaque nesse projeto por representar a ruptura entre discurso e prática. Os representantes do Governo Bolsonaro vêem como principal ameaça algo distante da nossa realidade, preferem priorizar questões irrelevantes e brincam de comandar o país através das redes sociais. Em suas mãos há poder e sangue.
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