Sequence of illustrations inspired on the tale Submundo, by Gabriela Cruz.
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Ela viveu uma vida inadequada para a sua pouca idade e isso lhe custou muitas feridas, havia cicatrizes por todo o seu corpo sentimental, de longe era possível sentir sua dor. Ela possuía uma alma perdida, alma tal perdida em uma de suas ”andarilhagens” pelo mundo. Quando a vi pela primeira vez, descalça e com seus grandes olhos negros, parada em uma viela, clamando por alguma droga que libertasse sua alma da infelicidade que era habitar com corpo tão sujado pela vida. Ela queria viajar o mundo, mas sua imaginação era tão mais fascinante, que acabou por deixar o mundo real de lado e preferiu morar em seus pensamentos. Já a vi chorar pelas ruas da cidade inúmeras vezes, ela tinha dó dos humanos, e como humana tinha dó de si mesma, esse era o real motivo de faze-la andar pela cidade a procura de novas drogas que a salvassem de ser quem era. Andarilhou a vida pelos quatro cantos do cosmos, chegou tão, mas tão longe, foi ao limite onde sua imaginação podia a levar, chegou onde nós meros humanos jamais seriamos capazes de compreender, ela libertou sua alma de toda aquela sujeira, em uma sarjeta qualquer teve overdose de vida e foi liberta. Vagou o mundo em forma cosmológica, foi finalmente ser livre. Hoje é possível a encontrar em todos os lugares, ela está em todos aqueles que vagam por entre becos e vielas, moradores do submundo nacional, atrás de uma solução que os façam esquecer da realidade em que vivem, além da fuga sentimental cheia de dores e angustias de quem habita o bueiro do mundo. É no desejo de serem livres, que em uma vala qualquer suas almas alçam voo…
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February, 2013
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