O último exercício do quinto semestre se constituiu numa quadra de 96 metros por 96 metros, composta de unidades habitacionais de seis metros por seis metros e de seis metros de altura.

Durante anos, na cidade de São Paulo, as centenas de rios existentes foram canalizados, suas várzeas ocupadas, asfaltadas e loteadas. Os rios foram poluídos, perderam a vida e o seu leito, e vários problemas vieram em sucessão a isso. A cidade desde então sofre com enchentes, problemas de saúde relacionados a falta de saneamento e a indisponibilidade do uso da água local dada a sua qualidade.

Como proposta requalificação de áreas à beira de córregos ou rios, foi proposto então a quadra abaixo, com reabertura dos rios em séries de canais cortando quarteirões, reaproximando as pessoas dos rios existentes e escoando propriamente a água das chuvas, combinando infraestrutura de drenagem e ocupação do solo de forma mais eficiente que os piscinões hoje existentes.

As quadras tem combinação multifuncional. Ladeada de ruas em suas quatro arestas, o centro é permeado de canais e ruas de pedestres. Alguns pontos formam marquises para os transeuntes, protegendo pessoas aguardando por transporte em dias de forte sol ou chuva. Em outros pontos, lojas se espalham pelo térreo, formando alamedas agradáveis. O térreo também é ocupado por residências, aos moldes das primeiras ocupações residenciais de São Paulo, com saída diretamente para a rua.

Nos andares superiores, unidades que podem ser usadas como residências ou escritórios, e coberturas verdes que transpõe parques da superfície para o topo dos edifícios.