Decidimos reservar o nosso guia ainda em Portugal. Assim ficamos tranquilos que teriamos quem nos guiasse nas tours que queriamos fazer, organizamos o roteiro e os dias em que queriamos fazer as visitas e só tivemos que encontrar o guia certo para nós. O Budi foi-nos aconselhado por uns amigos que tinham ido de lua de mel a Bali, e a experiência deles com o Budi tinha sido muito satisfatória, entramos logo em contacto com ele através do whatsapp e mostramos o nosso “roteiro” claro que estariamos abertos a sugestões, o Budi respondeu-nos rapidamente e concordou com o nosso plano incial, foi apenas uma questão de combinar preços.
     | Os preços vão muito dos locais que querem visitar e das horas por dia, por isso aconselho sempre a falar com o guia que escolherem em primeiro lugar.

No nosso caso com o Budi tinhamos por dia o aluguer do carro, água fresca e ar condicionado, ele foi sempre atencioso desde o primeiro dia que entramos em contacto com ele até à dia da nossa última excursão. O Budi fala correntemente o inglês e está a tentar aprender o português (nós demos uma ajudinha). Gostamos imenso do nosso guia e quando voltarmos a Bali vamos certamente visitá-lo.
   | Contactos do Budi são:  
         - Facebook - https://www.facebook.com/made.budiada.5
          - Instagram - https://www.instagram.com/made.budiada.5/ 

As nossas tours foram divididas em três: a primeira foi ao norte da ilha onde visitamos o Tegallalang Rice Terrace, o templo Pura Tirta Empul e o templo Pura Danum Beratan. Na segunda tour visitamos durante a manhã o lado este da ilha que incluiu o templo Pura Lempuyang e o templo Taman Tirtagangga, da parte da tarde visitamos a Tegenungan Waterfall que fica a sul de Ubud. A última tour já estavamos em Nusa Dua e foi apenas meio dia pela cidade de Uluwatu visitando o Uluwatu Temple e a praia Padang Padang Beach. 

Existem dois terraços de arroz em Bali muito procurados o Tegallalang e o Jatiluwih, pelas fotos que vimos nós queriamos muito visitar o Tegallalang, embora sejam ambos bonitos, a magnitude em altura do Tegallalang é impressionante. Não deu para explorar todo o terraço, mas conseguimos ver o essencial e tirar bastantes fotos.
O povo considerava que todo o pedaço de terra devia ser aproveitado então construiram estas escadarias de plantações, para aproveitar o maior espaço possível. Quando visitamos os terraços de arroz podemos apanha-los de três formas, verde quando o arroz ainda está a crescer, amarelo quando está quase pronto para a apanha e em água quando acabou de ser plantado, nós apanhamos a plantação verde de um lado e amarela do outro. Uma das curiosidades que o Budi nos contou é que existem 4 tipos de arroz em Bali: o branco, o preto, o integral e o vermelho. Sendo o integral e o vermelho muito mais saudáveis, nós experimentamos o vermelho e é tão mas tão bom, aconselho-vos a experimentar vão adorar.
     | Para já a entrada neste lado do Tegallalang é gratuito. Mas qualquer baloiço ou spot de fotos com a frase "I Love Bali" pagam-se, pois pertencem a empresas ou restaurantes.

Existe imenso comércio tradicional à beira da estrada que dá acesso ao Tegallalang com artesanato, roupa e de tudo um pouco. No Tegallalang aproveitamos também para andar no baloiço gigante, o conhecido "infinite swing" que tem vista para os terraços... admito é assustador ao inicio mas é uma sensação única. Temos pelo menos 2 a 3 homens a balançar com tanta força que temos a sensação que vamos salta do baloiço a qualquer momento. Aconselho-vos a pedir dicas ao vosso guia de qual é a melhor empresa para esta experiência, no nosso caso foi o Budi que nos aconselhou alguém que ele confiava.
     | Para entrar neste lado do Tegallalang tivemos que dar um donativo para entrar para a zona do baloiço e o valor de andar no baloiço foi de 150 mil rupias.

Queria muito visitar o Pura Tirta Empul, pela sua história cultural e religiosa, não tanto pelas fotos. Neste templo existem duas nascentes que o locais consideram ser puras e que ao banharem nessas águas lavam a alma de todos os males, trazendo-lhes pureza. Então qualquer pessoa pode fazer o ritual de purificação desde que o queiram. Nós não chegamos a fazer, mas podem pedir ao vosso guia e terão as roupas certas e ele explica-vos todo o processo, de qualquer das formas para entrar no templo tanto mulheres como homens têm de usar sarong (um pano que nos cobre as pernas até aos pés).
     | Entrada: 50 mil rupias por pessoa (o sarong é emprestado, está incluido no preço).

Assim por alto o ritual consistem em banharem-se nas águas puras e geladas, levando oferendas convosco e mergulharem debaixo de todas as fontes que se encontram nas duas piscinas, pedindo um desejo em cada uma delas. Algumas das fontes não são permitidas usar pois são especificas para cerimónias como por exemplo batismos. Um conselho que vos damos é que contêm com algum tempo de visita caso entrem na fonte para o ritual e levem fato de banho convosco, mais uma muda de roupa.
Adorei este templo por toda a magia incutida na crença do povo balinês.

O Pura Danum Beratan é considerado a imagem de marca de Bali. Admito que já iamos um pouco cansados porque a viagem tal como a programei ficou um pouco cansativa, pois o Pura Tirta Empul até ao Danum Beratan demoramos quase duas horas de viagem, sim duas horas pois os balineses conduzem muito devagar, devido ao trânsito quase nunca ultrapassam os 50/60 km/h. Ao chegar ao templo ficamos tristes pois tivemos que voltar a pagar, não é caro mas em Bali tudo o que queremos visitar se paga, principalmente os templos. E para sermos sinceros é um templo bonito para tirar fotos, mas estava completamente cheio de pessoas (ainda mais fomos a um domingo, altura que os locais aproveitam para passear), outro dos problemas deste templo é que fica muito para norte na montanha, por vezes podemos não apanhar bom tempo quando lá chegamos mesmo que esteja um dia de sol maravilhoso em Ubud. Não fiquei fã, deu fotos bonitas mas talvez tivesse preferido ir ver as plantações do café, fica para uma próxima viagem quem sabe. 
     |  Entrada: 50 mil rupias por pessoa, não é necessário usar sarong.
 

No fim da visita o nosso guia levou-nos a um lugar, que ainda hoje não sabemos o nome, para tirar uma fotos e ficaram tão bonitas. Às vezes procuramos e estudamos muito os nossos roteiros mas depois existem lugares tão bonitos que só mesmo os locais conhecem, deixem-se inspirar pelos vossos guias eles levam-vos sempre a lugares novos. 

O Lempuyang Temple era o templo que eu mais queria visitar em Bali tudo por causa da famosa foto que encontramos várias vezes no instagram do reflexo nos portões com o vulcão Agung como cenário. Mas infelizmente no dia em que fomos o vulcão Agung não quiz aparecer ficando escondido pelas nuvens... mas pronto fizemos a foto na mesma e ficou super linda. Como eu queria tanto fazer esta foto, sem pessoas, decidimos ir muito cedo pois demoravamos duas horas de Ubud até lá e queriamos chegar com poucos turistas. Ao chegar tivemos de ir ter com uma espécie de táxistas de carrinhas de caixa aberta que nos iriam levar para subir a montanha, atenção que se paga o transporte, podem sempre optar por ir a pé, mas acho que não iam gostar. Para entrar no Lempuyang todos têm de usar sarong, que podemos alugar perto da entrada, sinceramente se já vão com a ideia de comprar um sarong em Bali comprem no inicio da viagem que assim poderão usa-lo nas visitas aos templos e poupam algumas rupias.
Chegamos ao templo e... ainda bem, a foto era tirada à vez, sim à vez, os turistas fazem uma fila para tirar a foto nos portões e assim não terem “emplastros” nas suas fotos, fiquei mesmo feliz. 
     | Entrada: é por donativo; Transporte: 20 mil rupias para subir e outros 20 mil rupias para descer por pessoa; Aluguer de Sarong: 10 mil rupias por pessoa.

Este templo é tão mágico. Foi construido no cimo da montanha e todo em altura com muitas escadas, pois os balineses acreditavam que assim estariam mais perto dos deuses. É constituido por uma grande escadaria da entrada principal, e mais três escadarias gémeas, que aconselho a subir apenas se se sentir preparado pois se mostramos cansaço é falta de respeito para com os locais. Eu que sou uma pessoa cansada por natureza estava tão entusiasmada que subi os degraus com muita facilidade. Depois e graças ao nosso guia tivemos a possibilidade de entrar num dos locais de oração para ver como tudo se processava, sem fazermos barulho conseguimos assistir a todo o culto e ainda tirar umas fotos. 

O Pura Tirta Gangga é o templo da água ou há quem o consider um jardim real e não um templo.  A magia dele está na forma como foi construido quase que por cima de um aquário cheio de carpas, podemos alimenta-las e vêm comer perto da nossa mão dando um cenário brutal às fotos, elas não têm medo nenhum. Este templo também é usado em dias feriados para passeios em família, pois nele existe uma espécie de piscina de água pura onde os locais gostam de se banhar e passar algum tempo de lazer. Por isso, um conselho que vos damos é que vão primeiro ao Gaggang e de seguida ao Lempuyang, pois à hora de almoço chegou tantos turistas que não nos foi possivel fazer aquelas fotos que tanto queriamos. Claro que fizemos fotos bonitas mas tinhamos sempre turistas e esperavamos imenso tempo para tirar uma foto sem ninguem se atropelar, o que acabou por nos roubar um pouco de tempo na visita.
Para nós valeu o tempo de viagem e o acordar cedo para fazer esta tour ao lado este da ilha de Bali, foi sem dúvida a nossa tour favorita e deu fotografias magnificas. 
     | Entrada: 30 mil rupias por pessoa.

A Tegenungan Waterfall, de todas as visitas talvez tenha sido a nossa maior “desilusão”. Pesquisamos videos na internet e quando lá cheguamos era tudo diferente, tinha um bar com música super alta parecia uma discoteca, imensos turistas dentro da água, que estava castanha e até com algum lixo, um verdadeiro Sunset fora do contexto, derrepente o que nós vimos na internet tinha ficado completamente comercial. Outra coisas que me surpreendeu é que a cascata é dividida por duas vilas então não nos premitiam andar por todo o lado, pois paga-se entrada de ambos os lados.
     | Entrada: 15 mil rupias por pessoa.

O único local que encontramos que surpreendentemente achamos bonito, foi uma pequena cascata que se está a formar numa das laterais da grande Tegenungan e que ainda se mantém quase selvagem e pura. Aí sim conseguimos tirar algumas fotos bonitas, mas sinceramente teria trocado esta, pelas cascatas do norte por exemplo: Giti Giti Waterfall ou a Banyumala Waterfall, que ainda são pouco exploradas e por relatos de outros visitantes a Bali têm água mais limpa e azul.

O Uluwatu Temple é um templo construido num penhasco perto do mar, a paisagem  é imponente, fantástica mesmo e mete algum respeito pela altura do penhasco em si. Dá fotografias maravilhosas. No Uluwatu temple também temos de entrar com sarong tanto a mulher como o homem. Neste momento alguns dos lugares do templo estão vedados, pois já houve acidentes com turistas que se empoleiraram em sítios para tirar selfies e acabaram por cair.

Este templo também é um dos mais procurados pelos turistas, logo devemos preparar-nos para encontrar imensas pessoas a passear neste lugar, mas o maior cuidado que devemos de ter é com os macacos. Existe uma grande comunidade de macacos selvagens no Uluwatu temple que vivem no penhasco, sim no penhasco... neste caso é diferente da Monkey Forest, existem treinadores mas não treinam tão frequentemente com os animais o que os deixa no estado mais selvagem. Cuidado pois eles são danados para roubar tanto comida como objectos que tenhamos na mão, e frequentemente entram em lutas entre si.
     | Entrada: 30 mil rupias, o sarong está incluido no preço.

Na nossa última tour pedimos ao Budi para nos levar a ver o pôr do sol à famosa Padang Padang Beach.
Descemos umas escadas por dentro de uma rocha, e chegamos à tão conhecida praia. É muito bonita faz lembrar as nossas praias do algarve rodeada de penhascos, só tivemos azar em duas coisas: houve uma maré de algas naquela altura o que fez com que a praia tivesse um aspecto mais sujo (mas eram apenas algas à beira mar), e depois estava nublado, logo pôr do sol nem vê-lo, as nuvens em Bali gostaram de nós. Mas não ficamos tristes como o João adora fotografar com nublado aproveitamos e tiramos das melhores fotos das nossas férias. 

Quando chegamos ficamos surpresos por ter que pagar entrada, sim pagar entrada para uma suposta praia pública.
A explicação é que como existe tanta procura por esta praia eles tiveram que limitar as entradas com pagamentos por pessoa. Pelo que nos apercebemos não é a única, algumas praias em Bali começam a ter este sistema para reduzir um pouco a invasão de turistica, tentando assim manter a sua preservação.
Um conselho que vos damos é caso vão de taxi ou com guia levem sempre uma muda de roupa extra e as vossas toalhas de praia pessoais, usamos também uns sapatos aquáticos (os famosos aquashoes) pois as praias de Bali têm algumas rochas e corais.
     | Entrada: 10 mil rupias por pessoa.