O presente projeto foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da graduação em Design de Produto, pela Universidade do Estado de Minas Gerais. O objetivo desse trabalho foi estudar as relações sociais na atualidade e propor peças que trouxessem o resgate de laços afetivos.
O caderno de processos foi de grande importância para o desenvolvimento do projeto como um todo. Além de contar a história projetual do inicio ao fim, o caderno possibilitou reunir toda a informação em um só lugar. Pesquisas, rascunhos, experimentações, anotações, tudo que envolveu o projeto ficou marcado nessas páginas.
O ímã foi o mecanismo escolhido para representar a ideia da reaproximação. Quando se fala em magnetismo, se fala também sobre duas extremidades que são inseparáveis, aquilo que pode ser rompido quantas vezes forem necessárias e ainda assim se mantém conectadas.
As peças foram projetadas para serem conjuntos, onde uma parte se atrai à outra. Essa proposta vem alinhada com as diretrizes projetuais (quebrar- unir- restaurar), onde a ideia da quebra não é um quebramento literalmente, mas a analogia àquilo que já foi rompido e distanciado, assim como as relações perdidas. Unir vem logo em seguida, onde os ímãs aproximam as peças, com a proposta de também aproximar as pessoas, por meio de gestos e movimentos corporais. Por fim, restaurar vem do momento vivido, da reflexão que se leva e dos sentimentos que retornam.
Nós significa as amarrações que fazemos uns nos outros. Algo difícil de ser desatado. Nós é aquele enlace que nossos pais nos ensinaram a fazer com o cadarço do tênis. Nunca mais esquecemos. Remete a um plural, uma menção a mais de um. Nós me lembra eu, me lembra você. Talvez seja a gente ainda embaraçados nos nós que a vida faz.
Nós é o nome da coleção apresentada.
Fotos - Túlio Barnabé // Ramon Elias
Styling - Letícia Soares
Modelos - Ana Rodarte // Iona Chaves
Vídeo - Túlio Barnabé
