Ofisuka 2068 - Imaginando o futuro do trabalho

Exposição Ofisuka 2068 - Imaginando o futuro do trabalho em 50 anos. 

Os alunos do Istituto Europeo di Design (IED-Rio) colaboraram com o Museu do Amanhã (Rio de Janeiro, Brasil) na ideação da exposição através de diversas reuniões propondo a dinâmica e os objetos que seriam apresentados.
Como a exposição foi criada

Aqui exploramos um futuro possível para o ambiente de trabalho. Um exercício de cocriação feito por jovens com idades entre 14 e 18 anos - que poderão testemunhar esse futuro - junto com designers do Instituo Europeo di Design - IED-Rio - e a equipe do Laboratório de Atividades do Amanhã - LAA. A metodologia foi baseada na disciplina "Estudos de Futuros", que auxilia no desenvolvimento de estratégias, de políticas públicas, e de novos produtos e serviços para influenciar futuros possíveis. Imaginar e prototipar o futuro pode ser o antídoto para confrontar o imediatismo e o planejamento a curto prazo dos tempos atuais.

Os artefatos e objetos aqui expostos podem causar estranhamento aos olhos de quem vive no presente. Mas todas essas peças surgiram a partir de pesquisas científicas ou tendências existentes hoje. De acordo com o futurista Jim Dator, qualquer afirmação útil sobre o futuro deve, inicialmente, parecer ridícula.

Sinais fracos e tendências

Sinais de mudança, ou "sinais fracos", são pequenos fenômenos que indicam caminhos para amanhãs possíveis. São "bolhas de futuros" surgindo hoje. Embora sejam ainda incipientes, em 10 ou 20 anos poderão se tornar parte do nosso cotidiano.
Alguns "sinais fracos" econômicos, sociais, governamentais e tecnológicos norteiam a exposição. Entre eles, a dissolução entre trabalho e lazer e seus espaços, a hipercriatividade, a computação mais rápida e mais barata, digitalização, miniaturização, sensorização e a conectividade, os quais contribuirão para a tecnologia se torne cada vez mais presente e "invisível".

No mundo de 2068, seremos capazes de tornar tudo mais eficiente, responsivo e personalizado. Poderemos interagir com ambientes reais e virtuais de forma intuitiva e fluida, por gestos, voz - ou sem precisar falar nada, só pensar.

Mesmo que ninguém possa afirmar quantas profissões deixarão de existir e quantas novas irão surgir, governos do mundo inteiro já discutem a necessidade de repensar os modelos econômicos - alguns, inclusive, já fazem experimentos com a renda básica universal. O futuro aqui imaginado contempla um mundo onde a maioria das necessidades fundamentais dos cidadãos já foi atendida por esse tipo de mecanismo.

Diante dessa possível realidade, qual é o papel do ser humano em uma sociedade na qual questões como renda mínima já terão sido equacionadas, e a tecnologia continuará a redefinir padrões de conforto, eficiência, precisão e produtividade? É bem possível que focaremos mais em trabalhos criativos, cuja prioridade não será o lucro, mas a construção do bem-estar comum.

Se existe algo que podemos afirmar, é que uma das habilidades mais importantes no futuro será "aprender a aprender". Criatividade, agilidade e resiliência serão qualidades imprescindíveis para ter sucesso neste novo mundo. Será preciso criar modelos contínuos de aprendizagem para que o indivíduo se atualize sobre novas tecnologias e oportunidades. Seremos os curadores de nossa própria educação para a vida toda.

Ofisuka

Você está em uma Ofisuka, um ambiente versátil que mescla trabalho e convívio de forma colaborativa, algo muito popular em 2068. Em contraponto à tendência de excessiva virtualização, a Ofisuka é um espaço de trabalho onde as pessoas se mudam por temporadas para desenvolver iniciativas, obras ou empreendimentos específicos. Elas se conectam por mio de uma plataforma global on-line chamada Laborolink, uma espécie de rede social abastecida por inteligência artificial e que registra interesses, características, potenciais projetos e competências do indivíduo. Um sofisticado algoritmo coleta e analisa essas informações para criar superequipes de trabalho.

Uma típica Ofisuka tem regras próprias, códigos de ética e estrutura organizacional. Ela combina espaços em que as pessoas dormem, convivem e criam conjuntamente. Seus residentes chegam do mundo todo para desenvolver novas organizações, iniciativas, campos de pesquisa, ou para criar projetos científicos, tecnológicos ou artísticos. A Ofisuka oferece profissionais que facilitam o processo criativo, bem como máquinas e ferramentar para prototipação.

Além de materializar objetos reais, os residentes podem desenvolver artefatos virtuais para a DreamWeb a Internet de Sonhos -, outras criações para a rede de pensamentos, emoções e artefatos neurodigitais que media boa parte das relações na segunda metade do século 21.

A Ofisuka tem características muito especiais e é inspirada em processos da natureza construídos de forma inteligente e eficiente. Por isso, o espaço é considerado totipotente - termo que define a capacidade de uma única célula em se dividir e produzir outras células - devido ao espaço ser altamente reconfigurável e poder servir a diferentes propósitos ao longo do dia.
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