O ensaio realizado foi selecionado e apresentado ao CLIF ( evento de fotografia) na cidade de Curitiba e posto em exposição na Cinemateca de Curitiba e na Galeria AIREZ.  

     O papel do cidadão no mundo sempre foi viver de uma forma que contemplasse a harmonia de viver com o meio e com a comunidade. Como diria Aristóteles “o homem é um ser social”, a partir disso podemos dizer que a natureza humana é dependente e influenciada constantemente pela sociedade em que ela vive, trabalha e produz. É construída através das relações sociais onde cada individuo tem sua importância e seu papel a cumprir dentro dela.

         Os Fulni-ô são uma etnia que pertence ao tronco linguístico Macro-Jê que vive no interior de Pernambuco na cidade de Águas Belas na região semi-árida do nordeste brasileiro. A história de seus antepassados se passa na beirada do rio Ipanema onde viviam, caçando, pescando e realizando seus cânticos e danças sagradas. 

          Nos tempos atuais em função de diversos problemas ambientais, sociais e legais os povos indígenas sofrem dificuldades na questão do reconhecimento e valorização de sua identidade cultural como algo legítimo Brasileiro. A etnia Fulni-ô assim como as outras etnias brasileiras seguem com um trabalho de divulgação da sua cultura para a que a sociedade não índia conheça um pouco mais a respeito. Desde o ano de 2000 o grupo Toê realiza um trabalho na cidade de Curitiba todo ano no mês de abril de resistência cultural nos espaços públicos e privados.

         A respeito do ensaio que foi realizado pensando em retratar o fazer artístico do artesão e envolvimento espiritual. Trata-se da energia sagrada das mãos que é passada para cada artefato feito pelo indígena.