fac.tu.al
No cotidiano passamos pela cidade e pelos caminhos de nossa rotina sem ser afetados pela paisagem.
Não importamos com o que nos rodeia.
Mas caso o extraordinário aconteça, câmeras são sacadas, redes sociais ativadas e voltamos a valorizar o mundo.
Proponho eventos surreais da última semana de julho de 2017. Impossíveis de acontecer, embora factuais na imaginação, funcionam como uma chave para repensar os locais registrados. Um fomento à mente de quem transita por estes espaços à criar novos elos e histórias com os mesmos.
Para estes eventos, todos foram selecionados entre um ser vivo ou objetos inanimados através de cara ou coroa antes de fotografar cada "cena".
This work was made in the International Photography Festival of Belo Horizonte 2017. It started from the idea  that we tend to don’t be affected anymore by the city around us and that makes the surroundings seems boring and empty for the casual citizen. But when something really incredible take place right in front of us  it’s when the cameras get ready to shoot and register that event. Because nowadays if we don’t post it doesn’t happen.


I went through the city, important and touristic places, and before i took the picture I flipped a coin, head I would think of a fantasy story that happened there with a living creature and tales I would think of a object or thing driven one. After the shoot the computer manipulation enter to fill in my “factual” report of events. 

Along with the image I posted a brief report of what I saw that day, and this gave it even more credibility. People online asked about some photos how and when did that happen. This argues again about our easy belief in images and stories that might be clear fantasy but many see it as true.
"Segunda eu fui até a Praça naquela tarde para visitar a exposição da Festival Internacional de Fotografia quando vi as pessoas comentando sobre algo estranho no céu. Tinha muita gente fotografando e eu não perdi a chance. Havia um enorme flamingo repousando acima do Palácio da Liberdade. Pena que alguns minutos depois os guardas retiraram o pássaro. Foi lindo quando o céu ficou coberto de rosa."
"Terça fui fazer compras e quando voltava passando pela porta da esplanada do Mineirão vi muitas crianças em uma excursão de férias rindo alto. Parei para perguntar os adultos que os acompanhavam para entender e eles me apontaram para cima. Vi o estádio lotado de pipoca, quase transbordando. As crianças jogaram milho no campo e o sol estourou tudo fazendo alegria de todos."
"Fim de tarde, depois do trabalho, fui para a Pampulha caminhar, acalmar a mente. Ao chegar perto da Igrejinha, além dos turistas fazendo a foto de lembrança, avistei balões gigantes amarrados na torre. Pelo que ouvi falar, eram restos de uma grande balada que aconteceu de madrugada Às escondidas. queria ter ido nesta festa, deve ter sido extraordinária."
"Na quarta, fui visitar uma amiga no Santa Tereza e fui obrigado a passar pelo centro. Quando passei na movimentada Praça Sete, tinha pessoas discutindo o vandalismo no monumento central. Manifestantes colocaram argolas no famoso pirulito. Ninguém viu sentido naquilo, mas pelo menos rendeu uma foto interessante. O que será que significava isso?"
"Descendo a Amazonas vi poças de água no chão. Fiquei na dúvida se havia chovido mais cedo. Quando cheguei na Praça da Estação, ela estava repleta de peixes no chão. Um homem barbudo gritava que era um sinal do fim do mundo, que do céu cairia muitos peixes para saciar os justos. Ninguém deu atenção para ele, todo mundo só queria ver o peixe que a estátua pescou."
"Aquela dia não parava de ficar estranha. Eu estava no meio do povo esperando o metrô chegar. Eu não estava entendendo o motivo de todos vigiarem seus relógios com uma ansiedade que não via a tempos. Quando bateu as cinco horas da tarde uma espécie de buraco negro surgiu no fim da plataforma e o metro saiu de dentro dele. Fiquei pasmo e tirei esta foto para provar esta história maluca."
"Naquela tarde de quinta-feira eu me propus a visitar o Parque Municipal que já não ia a um tempo. Andando pelo parque vejo um obstáculo as pequenas embarcações na lagoa. Um grande barco tinha encalhado nas águas rasas. O pessoal não estava gostando daquele entulho gigante, mas eu achei fenomenal e fiquei muito curioso para saber como ele parou ali."
"Fechei a semana indo à Praça da Liberdade novamente para ouvir uma palestra. Quando sai da palestra no museu e estava indo pro ponto de ônibus no outro lado da praça, vi uma multidão apontando e fotografando uma borboleta gigantesca no Edifício Niemeyer, Foi um momento efêmero, poucos segundos depois a borboleta voou. Ainda bem que deu tempo de registrar isso."
"Naquele dia fiquei até mais tarde na praça pois encontrei uma amigo e ficamos conversando até tarde. Quando escureceu eu vi uma grande água-viva no céu acima do CCBB, eu tirei foto imediatamente pois não é toda dia que vemos uma daquele tamanho. Entretanto as pessoas não estavam ligando, será que achavam que era só uma projeção do museu?"
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