Viajar é mais que descobrir um novo lugar, é entrar em contato outro mundo, outro universo, outra forma de ver e perceber o fluxo das coisas. E hoje em dia está cada vez mais fácil colocar isso em prática, seja através de agências especializadas, quando geralmente são oferecidos pacotes prontos, ou até mesmo de maneira independente, quando o cliente busca por si próprio um local e a partir daí vai montando seu pacote, de acordo com suas necessidades escolhendo o tipo de transporte ao destino, hotel, passeios locais, etc.

Sabemos que, em se tratando de destinos, as pessoas têm gostos diferentes, preferências por destinos. Por exemplo, há que goste de praias, quem goste do campo; há quem prefira lugares onde haja uma vida noturna mais agitada, e quem prefira o oposto, lugares mais tranquilos.

Com base nisso, o app Aventurista foi criado pensando em pessoas que estão buscando destinos aventureiros, que as coloquem em contato com a natureza e permitam fazer, por exemplo, trilhas, montanhismo, paraquedismo, rafting, canionismo, arvorismo, tirolesa; entre outros. Logo, pessoas que buscam passeios radicais poderiam encontrar os melhores destinos e ofertas dentro do app. Veremos a seguir de que maneira o projeto foi desenvolvido.

Como não tivemos tempo tampouco capital para fazermos uma pesquisa como deveria ser feita, entrevistando o público-alvo e coletando dados relevantes para o desenvolvimento do app, optamos por utilizar a proto-persona com o objetivo de representar a persona, levantando assim dados como suas características, comportamentos, informações demográficas e suas necessidades/objetivos. Dessa maneira, foi possível identificar pontos que poderiam nos nortear e nos fazer pensar em um produto que de fato fosse centrado no usuário.

Este projeto foi desenvolvido durante o curso de UX e Usabilidade aplicados em Mobile e Web. Durante o processo de pesquisa, após termos decidido qual seria o serviço que o app ofereceria, no caso destinos radicais, começamos a pensar a interface.

De início, chegamos a um consenso de que o app deveria ter de um lado o usuário que busca os destinos e do outro uma espécie de anunciante dos passeios radicais, logo ao procurar um destino especifico para um passeio radical, esse usuário veria os anúncios ofertados pelos anunciantes e daí poderia fechar diretamente com eles.

Num passo seguinte, pensamos então nas funcionalidades do produto, levantamos quais seriam as possíveis telas e como desenvolver os wireframes.  No entanto, como estávamos em grupo e é mais do que normal surgirem ideias diferentes, adotamos a técnica dos crazy eights com o objetivo de materializá-las no papel, antes de irmos direto para a criação propriamente dita. Nesse processo, ao final, fizemos uma análise de todos os rabiscoframes e votamos nos melhores. Por fim, começamos então a desenhar os wireframes como mostro a seguir:

Para validar o projeto, fizemos testes com membros de outros grupos nas quais eles navegaram no protótipo tanto como usuário quanto anunciante. Durante os testes, fomos guiando o usuário identificando quais foram suas impressões, positivas ou negativas, e aquilo que poderia ser melhorado ou acrescido como sugestão. No geral, as interfaces supriram as necessidades dos usuários que fizeram os testes, mas também houve algumas sugestões ao final. Acredito que o app, por se destinar a um nicho específico, não chamaria a atenção daqueles que preferem viagens mais tranquilas, mas poderia sim suprir a necessidade daqueles que optam por roteiros radicais e se tornar referência.