Desajeitado e constrangido, o 𝚌𝚘𝚛𝚙𝚘 caminha na grande fábrica pra transportar a cabeça de cá pra lá. Evoluímos nosso modo de ser deixando de lado a conexão com a própria pele. O 🅒🅞🅡🅟🅞 é motivo de vergonha ou apelo sexual e o natural nos causa repúdio. Nossa inocência se foi há tempos. O que cobre nosso 𝕔𝕠𝕣𝕡𝕠 é uma camada muito mais densa do que esse simples tecido. Entre a pele e a roupa, habitam palavras, conceitos e pensamentos que tiram a virtude do que é SER um 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨. Os sentidos aos poucos se atrofiam. Sem estímulos, nossa pele vira rocha e o todo prazer se acumula em um mundano momento de falsa conexão com outro 𝘤𝘰𝘳𝘱𝘰. Estamos cada vez mais encaixotados e cimentados pois nosso 𝓒𝓞𝓡𝓟𝓞 está cada vez mais vedado e vendido, sendo constantemente reconstruindo no imaginário coletivo dentro de uma imagem diretamente relacionada a algum tipo de heresia sem sentido. 
Felizes são aqueles que ainda vivem de 𝗖𝗢𝗥𝗣𝗢 inteiro, que não estranham a própria casca e que nela se descobre e redescobre o mundo a todo instante - a todo instante, MESMO. É pelo 🄲🄾🅁🄿🄾 que experienciamos o mundo e entre infinitas camadas, o mais belo é se permitir. O encontro mais singelo e sincero é o mais valioso e transborda qualquer conceito vazio que ainda molda o pensamento coletivo. A singularidade reside e verte na sua pele. O que você faz com ela?
Peles e corpos
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