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Projeto Acadêmico - Museu da TV

INTRODUÇÃO

Este é um projeto de arquitetura desenvolvido para o curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo do CUFSA, em Santo André/SP sob a orientação da Prof. Suraia Farah. A proposta era a construção de um "Museu da Televisão" na Vila Mariana, em São Paulo. Houve um estudo preliminar da área em um grupo de 12 pessoas e o desenvolvimento do projeto foi individual.


DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Programa

O programa era considerado o "básico" para um museu, porém com possibilidade de acréscimos. Era composto, basicamente, de Setor Técnico (depósitos, laboratórios de restauro, etc.), Setor Administrativo (salas da presidência, diretor, imprensa, etc.), Setor de Serviço/Apoio (portaria, vestiário de funcionários, sala de máquinas), Setor Comercial (lanchonete e comércios), Ambientes Externos (exposição externa, jardins, teatro aberto, estacionamento, etc.) e Setor Público (espaços para exposições permanentes e temporárias). A área total aproximada do programa é de 5.500 m². A área total construída do projeto final, contando com paredes e circulação, é de 9.303,44 m².

Terreno

O local do projeto foi uma parte do quarteirão da rua Morgado de Mateus entre as ruas Áurea e Alice de Castro, na Vila Mariana em São Paulo. Por se tratar de um projeto acadêmico, foi desconsiderado as construções existentes no local. A área do terreno é de 6.266,78 m².
Partido

As formas básicas do projeto foram inspiradas em uma das obras de Kazimir Malevich, do movimento suprematista.Foram criados duas formas básicas, um mais volumoso ao norte e outro percorrendo o terreno em sua extensão na direção sudoeste. Depois foram criadas formas menores atravessando o volume menor, como tentativa de quebrar suas faces extensas e tendo como referência as obras de Daniel Libeskind. Em seguida foi aplicado à essas formas a constante de Fibonacci, conhecida como "número áureo", para deixar o projeto com formatos mais orgânicos e suaves. A constante áurea foi usada inclusive na escolha das distancias entre os pilares (5 e 8 metros). A partir daí, o projeto foi sendo ajustado conforme as necessidades do programa, com o aumento e a diminuição de certos trechos onde seria interessante.

O material escolhido para a estrutura foi o aço e o concreto, dependendo da necessidade estrutural em cada área, tendo o tijolo aparente apenas como elemento de vedação ou de revestimento. O uso do tijolo remete ao primeiro estúdio de televisão do Brasil, o estúdio da TV Tupi, na cidade de São Paulo. Relatos encontrados indicam o uso de um "alinhavado de tijolos aparentes" em sua fachada principal, assim como as palavras "STUDIO TELEVISÃO" fixadas. Esse método para indicar o nome do museu também foi incorporado ao projeto. Por fim, o uso do vidro na fachada remete justamente às telas dos televisores, no caso das formas retangulares, e ao sinal sendo transmitido por uma antena, no caso das formas circulares. Na entrada também foi colocado, por trás da fachada de vidro, fotos de alguns personagens importantes da televisão no Brasil para remeter novamente à sensação de vê-los em uma televisão. Esses personagens são, da esquerda para a direita: Chacrinha apresentando seu programa,  dois atores da novela "A Escrava Isaura", de 1976 e Silvio Santos por trás de uma câmera com o logo da TV Tupi. Foi previsto que todos os vidros teriam pouca ou nenhuma transparência para não danificar o acervo do interior do museu. O interesse aqui foi manter o efeito do vidro na fachada.

O acesso ao museu foi mantido na parte contrária ao passeio propositalmente, de modo a criar uma espécie de Hall de Recepção externo. Esse espaço serve tanto como área de exposição de estátuas e publicidade do museu para os visitantes quanto para os transeuntes que queiram apenas atravessar o quarteirão. O único controle existente é para adentrar no edifício, no térreo. A entrada de serviço se dá pelo subsolo, e foram posicionados em cada extremidade do edifício dois elevadores de carga alinhados frente a frente para facilitar o transporte de cargas de porte maior. Todos os espaços de exposição, mais o subsolo, possuem um pé direito mínimo de 5 metros, exceto no mezanino, que possui pé direito de 3.50 metros. O pé direito máximo que se atinge em determinadas áreas de exposição é de 8 metros.


PRODUTO FINAL

Implantação, Plantas e Corte
Maquete Eletrônica
Vista da fachada sudoeste do museu
Vista norte do projeto
Perspectiva da área de recepção externa, onde se localiza a entrada às exposições e demais áreas internas.
Outra perspectiva da recepção externa
Perspectiva da rua Morgado de Mateus
Teatro aberto localizado frente à rua Morgado de Mateus
Perspectiva do palco e da arquibancada do teatro aberto
Fachada da rua Morgado de Mateus
Fachada da rua Alice de Castro
Projeto Acadêmico - Museu da TV
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