Este trabalho consiste-se na reconstrução de uma peça publicitária considerada abusiva de modo com que comporte conceitos de responsabilidade social a fim de se tornar mais ética sem ignorar seu tema principal.

Através a proposta do PRAIC de recriar uma campanha apelativa, o grupo ao iniciar a busca pelo tema dado, encontrou em uma das campanhas da marca Duloren uma ideia não só apelativa mas também polêmica, um assunto que na época de sua veiculação estava no auge, porém que até hoje causa bastante repercussão em qualquer conversa informal ou debate político. A campanha que traz duas mulheres de lingerie trocando caricias e se beijando, juntamente com seu slogan causou grande impacto social tanto no seu público-alvo quanto em outros públicos pela sua apelação e sexismo considerados exagerados.

Com a nova campanha, procuramos obter uma aceitação de todos os tipos de públicos no geral e utilizamos através de uma campanha mais leve e versátil mostrar que um relacionamento homossexual, seja de homens ou mulheres não se baseia apenas no sexo, mas também em carinho, amor e companheirismo. Através da junção de todas matérias lecionadas conseguimos focar em vários aspectos os resultados apresentados pela campanha criada mas principalmente, baseado em pesquisas, tivemos a oportunidade de questionar e analisar não só a opinião dos entrevistados mas também o impacto social causado por ambas e assim chegar por um senso comum a uma conclusão de aceitação, reconhecimento e de êxito em atingir os objetivos postos como meta pelo próprio grupo no inicio do semestre.

Impacto Social da Campanha Original

A campanha original da DuLoren não teve uma boa repercussão por boa parte de pessoas que lutam contra o preconceito ou contra a opressão sexual, tais como feministas ou então ativistas pelos direitos LGBT, sendo assim falha em parte do seu publico alvo.

Houve uma polemica gerada em torno do assunto, quando o presidente da DuLoren afirmou que a campanha era genial e que pessoas que discordavam disso tinham “QI's de Ameba”. Após dada essa fala junto a campanha já vinculada foi o suficiente para que fosse gerado grande revolta por parte dos que demonstraram desconforto pelo anúncio da marca. Seu slogan provocador e que demonstra indiferença “Aprovada a união homo afetiva. Jura? achei que já estava tudo liberado", causou uma impressão de conformismo por parte da marca como se não houvesse opressão a ser combatida e que a igualdade que os mesmos ativistas tanto buscam fosse algo aceito pela sociedade sem a necessidade mais da luta por seus direitos.Segundo estes, somente quem sofre o preconceito para dizer que infelizmente não é tão simples como a frase diz. Outro ponto muito forte acusado pelos defensores de tais causas é a apelação das duas mulheres em um ato sexista, tratando-as como objeto.

Impacto Social da Campanha Recriada

Juntamente com a pesquisa de estatística, analisamos o impacto social causado pela campanha através da reação do público e por comentários durante o questionário. Questionamos a opinião e a primeira impressão que passava aos olhos dos entrevistados a nossa campanha reconstruída comparada a original.

A opinião mais comum em meio aos entrevistados foi a de que a nova peça transmitia um ar menos apelativo e mais natural, com a justificativa de que não agradava o ato explicito da campanha original. Um dos entrevistados, um estudante de Publicidade do 5º semestre mencionou também, que o que mais lhe chamou a atenção foi o fato da segunda peça alem de mostrar uma variedade atingindo tanto casais hétero quanto homossexuais também elabora um desenvolvimento do assunto, levando o consumidor a pensar e analisar inicialmente as duas imagens da peça separadas e posteriormente fazer uma junção pela frase que tem continuidade de um quadro para o outro.

MAKING OFF

Fotógrafo: Henrique Pascoalini, Caio Valente, Elvis Henrique
Design: Henrique Pascoalini
Produtor: David Wilson
Make-up & Hair: David Wilson
Modelos: Carla Busnardo, Estefânia Hespanhola, Kléber Viveiros, Neto Spionato