Plitvice. 

Saímos a meio da manhã em direcção ao parque natural de Plitvice. A Djana mostrava nas suas malas o coração da viajante nómada pelo que não demorámos muito a sair e as despedidas não foram demoradas.

Chegamos ao Lakes National Park. Somos de imediato transportados para uma dimensão mágica, muito embora a mão humana já tenha tentado ordenar a paisagem natural de forma a que a nossa mente consiga tirar o melhor partido do que a Natureza oferece. 

Passamos o dia no parque, até à hora de fecho. 

Caía a noite e ainda não tínhamos pensado onde ficar. Encontrámos um apartamento a 2 km do parque, o que nos permitia voltar ao parque no dia seguinte, se assim o desejássemos. 

Começo a escrever só depois do jantar. 

A energia já tinha mudado. A experiência reportava-se a um acontecimento passado.

As palavras retratam a memória de sentimentos que ficam para além das palavras. Isto faz-me pensar como vivemos entre o passado e o presente. E nos projectamos no futuro. E como há algo em nós que nos transcende, indiferente aos nossos pensamentos, às nossas memórias e projecções.

A milhões de anos luz, à distância do olhar, as estrelas mostram-se como se coubessem numa mão fechada.