Croácia, um conto de fadas. 

Faço a minha entrada pelo norte direito a Istria - Opatija, tendo por isso de atravessar parte da Eslovénia. Uma estrada estreita que corta uma floresta encantada. O pavimento está em óptimo estado e a estrada é muito bem desenhada. Aguardo a qualquer momento a travessia de um veado ou mesmo de uma manada deles, como previnem os sinais de trânsito frequentes. Passada a fronteira que separa os dois países e cumpridas as formalidades sem demoras, retomo a paisagem de encantamento.

Dirijo-me a Opatija onde fiquei de me encontrar com o Renzo, um conhecimento que travei na internet durante o planeamento da viagem.

Renzo foi o meu primeiro amigo neste país e, sem querer cair na superstição da Sorte, uma boa primeira impressão de um país e seus habitantes pode ditar o sucesso da viagem, como se veio a mostrar.

Chego a Opatija, procuro o hotel principal que dá pelo nome da cidade e sento-me no bar-esplana - um hotel imponente no centro antigo da cidade com uma vista muito bonita sobre a baía. Telefono ao Renzo e sento-me a beber uma karlovacko Pivo, a cerveja local que por sinal é bem forte... O Renzo chega uma hora e umas cervejas depois, de mota. 

Engenheiro numa petrolífera, viajava muito pelo mundo fora em trabalho. Recebeu-me de braços abertos, como a um irmão. Perdemo-nos na conversa e já saímos tarde para jantar. 

O cansaço da viagem e as cervejas começavam a fazer-se sentir. 

O Renzo cedeu-me o seu apartamento e foi dormir a casa da namorada.

Na manhã seguinte, ainda não eram 8 horas quando ouvi a mota do Renzo a chegar. O Renzo ficara de passar a buscar-me para me indicar o caminho mais bonito para dar a volta a Istria, uma bolacha no norte da costa da Dalmácia com cerca de 200km de diâmetro. O percurso que fiz: Opatija – Pazin – Porec – Rovinj – Pula – Labin. Os locais de relevo, Porec e Rovinj. Porec é um pequeno porto com não menos encanto que St Tropez e, se não é hoje um dos locais procurados pelo jet set, deve-se ao facto de não ter sido local de férias escolhido por personagens como Picasso ou Brigite Bardot. Quem sabe se a Angelina Jolie e o Brad Pitt não vão ainda mudar a história pacata deste porto.