Project I / Editorial : Book cover and pagination
Introdução
“A Motim é uma nova editora. Foi fundada por um grupo de pessoas que acredita ser possível levar as obras e os autores mais significativos da literatura a um número de leitores mais alargado. Quer investir numa divulgação credível e imaginativa e na publicação de livros que aliem qualidade gráfica a um custo acessível para o leitor. Um dos primeiros projectos é o de publicar uma colecção de livros essenciais da história da literatura dos últimos cem anos, em formato de livro de bolso. Segundo a editora, estes devem ser ‘gráficamente sedutores, confortáveis e despoluídos. Uma das ideias principais é a de dar um forte contributo para que se torne mais normal ver pessoas a ler livros, por exemplo, nos transportes públicos’.”
Objectivo : Design editorial :
Livro de bolso
O projecto consiste no desenvolvimento de uma proposta gráfica para um livro de bolso ou de viagem e de capa mole, adoptando como modelo, nesta “fase inicial do projecto editorial desta nova companhia” , um livro escolhido pelo aluno (Cemitério de Pianos de José Luís Peixoto) a partir da lista de livros fornecida anteriormente.
Inspiração para a capa do livro:
“Corro e levo o tempo. Dou uma passada, agora, dou outra passada, outro agora, e continuo: agora, agora, agora. Já não tenho medo. Sou iluminado pelas minhas certezas. (...) Todo o tempo, anos e décadas que vivi, que não vivi, que viverei existem neste instante.”
Key — words:
Morte / Vida
Decomposição
Condição efémera
Prosa lírica
Materialização de uma sonoridade visual
Atemporalidade
Quotes:
“Lentamente, passavam-me fios da noite anterior pela cabeça: vapores de álcool que se dissolviam, palavras ou imagens da minha mulher que surgiam de repente. (...) Olhava para os pianos mortos, lembrava-me de como havia peças que ressuscitavam dentro de outros pianos e acreditava que a vida toda poderia ser reconstruída dessa maneira.”
“... Era o último instante de claridade. (...) A partir daí, a luz começou a transformar-se na sombra que era a cor do céu e das ruas, na sombra que havia de tornar-se negra e entrar pela noite. Eu já tinha chegado da oficina. Abri a porta.”
p.242
“(...) Eram manhãs em que, verão ou inverno, a janela era sempre atravessada pela mesma luz, o mesmo tom acastanhado, sujo.” - p.256
“O tempo era um lago estagnado de água cinzenta que, devagar, crescia dentro de cada um deles; (...) olhar o mundo, como se existisse. E existia: invisível, sem sentido. Não podiam fazer nada senão esperar. Nada: o vazio, o vácuo, ausência única, nenhuma resposta. É desnecessário fazer perguntas a sombras.” - pag. 282
Cemitério de Pianos - José Luís Peixoto
Book cover and pagination
Academic project // ESAD
UC Projecto I // Proposed by professor João Faria
January'17
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