O título tem o meu nome e tem uma razão: a apresentação. No entanto, este site foi criado há algum tempo, no âmbito da disciplina de Comunicação Multimédia, durante a minha licenciatura em Jornalismo, em Coimbra. Decidi aproveitá-lo, para incluir outros trabalhos meus (principalmente peças televisivas que realizei durante o estágio)e algumas considerações sobre mim. Se o propósito é apresentar-me, ora aqui vai:
Chamo-me Mariana Santos Mendes, como já está referido no título, tenho 25 anos e pretendo ser Jornalista. Muitos o chamam de utópico, ou até mesmo de sonho, mas é algo que pretendo tornar profissão, desde os meus 16 anos. Até lá queria ser Juíza, chegando mesmo a ingressar no curso de Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, acabando por mudar para Jornalismo na cidade de Coimbra. A pretensa vocação para o Jornalismo, começou por traços gerais da minha personalidade: curiosa, faladora, muito observadora e engenhosa (era capaz de descobrir a minha nota de um teste no secundário antes dos meus colegas- os meios não podem ser revelados aqui).
Contudo, os meus pais não acharam muita piada e segui Direito, com o intuito de depois tirar uma pós-graduação em Jornalismo. Há quem diga que eu fiz mal, outros bem. Mas não me arrependo, porque no fim fui eu quem escolhi, sem ninguém a contrariar e a arcar com todas as consequências, que a minha escolha poderia trazer. Hoje considero, que os dois anos em Direito ajudaram-me a crescer, apesar de eu não ter gostado do curso. Depois de dois anos em direito, a deitar fumo de leis pelas orelhas (a verdade é que hoje ainda sei artigos do código civil de cor), mudei-me para a cidade dos estudantes, dando início aos melhores anos da minha vida.
Termino a licenciatura, começo o mestrado e surge a opção de escolher o meio, o sítio para realizar o estágio. Muita coisa foi ponderada, muitas perguntas foram feitas a mim mesma, mas tudo indicava que o caminho estava na imprensa. Já tinha trabalhado no Jornal Universitário de Coimbra, não podiam existir dúvidas sequer. Mas, por desafio de "alguém" ou algo, o destino quis que eu fosse parar à televisão. Novamente uma escolha tinha de ser feita e escolhi a SIC (Sociedade Independente de Comunicação), em parte porque estavam lá algumas das minhas referências como Jornalistas, nunca descurando os Jornalistas dos outros canais, mas pelo menos a principal estava lá. O estágio foi tudo menos o que eu estava à espera, escrever para televisão, sem esquecer as imagens é desafiante. Ir para o terreno, estar a par com outros Jornalistas de outros canais mais experientes, em situações de grande pressão, causava em mim uma adrenalina e simultaneamente, uma satisfação e desejo de dever cumprido. Cada dia que passava sentia que era mesmo aquilo que queria: informação; transmitir a informação da melhor maneira possível, mesmo que só tivesse 15 minutos para escrever a peça, porque estava alinhada para o Jornal da Noite e não podia cair. E ainda ter passar pela correção e edição e ir para o ar(lá está a adrenalina). Dedicação, empenho, vontade de aprender estiveram sempre comigo, chegando a passar várias horas na régie a observar apenas como um Jornal ia para o ar.
O estágio terminou, e veio a tese que teima em não terminar. Durante o estágio fui feliz, cresci, chorei,fui repreendida (várias vezes), convivi e aprendi com grandes profissionais , e no fim senti que gosto e gostei de viver para a informação. Ainda hoje vibro com as notícias,e dava tudo para estar no terreno a cobrir determinado evento, a descobrir um furo, o famoso" leak".
Exercer Jornalismo durante estes seis meses, para mim foi uma dádiva, a informação tem de ser dada com rigor, verdade, e acima de tudo empenho por parte do profissional, que elabora a notícia. Finda a minha apresentação, apenas quero dizer que como diz Nelson Traquina "os Jornalistas são os contadores de estórias da sociedade contemporânea, participantes numa tradição mais longa de contar estórias" e eu quero ser uma contadora de histórias. Palavras e verdades ditam a informação, seja onde for.
Mariana Santos Mendes