© Carlos Gomes
fotografia de cena | "Três Irmãs - Making Of"
- a partir de “Três Irmãs” de Tchekhov
encenação de Marco Antonio Rodrigues
Irina Prozorov 2015
Sinopse
Três irmãs, quatro irmãos e um convidado.
Irina, Macha e Olga são as três irmãs Prozorov que Anton Tchecov eternizou. Tem também Andrei, o irmão e Verchinin, o militar convidado. Apropriamos-nos destes cinco, entre muitos personagens da obra dramatúrgica com um uma liberdade danada. Afinal uma obra só se torna clássica porque resiste e ecoa no tempo, atualizando-se num renascer de sempre.
Três Irmãs (Making Of) // 1º ato: Casa da Cultura
Pretendia-se partir de um serviço de atendimento ao público mas não houve autorização. O átrio da Casa da Cultura aparece como espaço simbólico, um sítio de espera. É onde Irina, a irmã mais nova, começa a gravar o documentário. Esta primeira paragem é a primavera, um tempo de otimismo e de avanço com urgência e ganas. Irina diz que o trabalho salva, que é preciso construir. Arranca empunhando o microfone, atrapalhada, com as Irmãs no encalço e um irmão ausente e sem soluções. Começa tudo lá.
2º ato: Museu do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Irina aprende a dominar os meios técnicos e a linguagem de comunicação de massas. Nesta paragem, a modernidade espreita o que considera antigo, com o Museu a fazer de cenário e o sagrado profanado por leis de oferta e procura. Este ato é para interferir no passado para o polir, fazendo uma razia histórica ao que não interessa. É uma exaltação da memória que vale a pena. O branqueamento como tratamento estético que serve um propósito. Qual?
3ª ato: Liga dos Combatentes de Coimbra
Se Portugal for uma marca, porque não um rebranding? Irina e o documentário encontram um fato histórico com potencial: uma revolução – aliás, A Revolução. O nosso ex-líbris contemporâneo. Aqui a identidade é um bem transacionável, tem valor. As vivências familiares, que são o círculo privado do que acontece em casa, começam a diluir-se no espaço público. The show must go on. E Portugal Sou Eu, o empreendedor, o criativo. O precário.
4º ato: Jardim da Oficina Municipal de Teatro
Chegamos finalmente à casa de partida. Estamos no Jardim da OMT e as Irmãs estão fora de casa, foram expulsas. O privado está à venda e há tabuletas em electrodomésticos e mobília. Há uma tentativa delirante para voltar a habitar aquela casa. Para entrar lá em festa e com toda a gente.
Ficha Técnica
Texto: A partir do texto “Três Irmãs” de Anton Tchecov
Encenação: Marco Antonio Rodrigues
Elenco: Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa, Rui Raposo
Cenário e Figurinos: Filipa Malva
Desenho de Luz: Alexandre Mestre
Apoio ao movimento: Joana Mattei
Grafismo: Joana Corker
Comunicação: Catarina Ribeiro, Margarida Sousa e Mariana Pardal
Fotografia: Carlos Gomes
Vídeo: Alexandre Mestre, Bruno Pires e Zeca Rodrigues
Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design)
Documentário: O Teatrão em parceria com Caminhos do Cinema Português
Costureira: Albertina Vilela
Carpintaria: Inácio Trindade
Direção de Produção: Cátia Oliveira
Produção Executiva: Ana Bárbara Queirós, Carlos Pinto e Nuno Carvalho
Direção Técnica: João Castro Gomes
Equipa Técnica: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Rui Capitão
fotografia de cena | "Três Irmãs - Making Of"
- a partir de “Três Irmãs” de Tchekhov
encenação de Marco Antonio Rodrigues
Irina Prozorov 2015
Sinopse
Três irmãs, quatro irmãos e um convidado.
Irina, Macha e Olga são as três irmãs Prozorov que Anton Tchecov eternizou. Tem também Andrei, o irmão e Verchinin, o militar convidado. Apropriamos-nos destes cinco, entre muitos personagens da obra dramatúrgica com um uma liberdade danada. Afinal uma obra só se torna clássica porque resiste e ecoa no tempo, atualizando-se num renascer de sempre.
Três Irmãs (Making Of) // 1º ato: Casa da Cultura
Pretendia-se partir de um serviço de atendimento ao público mas não houve autorização. O átrio da Casa da Cultura aparece como espaço simbólico, um sítio de espera. É onde Irina, a irmã mais nova, começa a gravar o documentário. Esta primeira paragem é a primavera, um tempo de otimismo e de avanço com urgência e ganas. Irina diz que o trabalho salva, que é preciso construir. Arranca empunhando o microfone, atrapalhada, com as Irmãs no encalço e um irmão ausente e sem soluções. Começa tudo lá.
2º ato: Museu do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Irina aprende a dominar os meios técnicos e a linguagem de comunicação de massas. Nesta paragem, a modernidade espreita o que considera antigo, com o Museu a fazer de cenário e o sagrado profanado por leis de oferta e procura. Este ato é para interferir no passado para o polir, fazendo uma razia histórica ao que não interessa. É uma exaltação da memória que vale a pena. O branqueamento como tratamento estético que serve um propósito. Qual?
3ª ato: Liga dos Combatentes de Coimbra
Se Portugal for uma marca, porque não um rebranding? Irina e o documentário encontram um fato histórico com potencial: uma revolução – aliás, A Revolução. O nosso ex-líbris contemporâneo. Aqui a identidade é um bem transacionável, tem valor. As vivências familiares, que são o círculo privado do que acontece em casa, começam a diluir-se no espaço público. The show must go on. E Portugal Sou Eu, o empreendedor, o criativo. O precário.
4º ato: Jardim da Oficina Municipal de Teatro
Chegamos finalmente à casa de partida. Estamos no Jardim da OMT e as Irmãs estão fora de casa, foram expulsas. O privado está à venda e há tabuletas em electrodomésticos e mobília. Há uma tentativa delirante para voltar a habitar aquela casa. Para entrar lá em festa e com toda a gente.
Ficha Técnica
Texto: A partir do texto “Três Irmãs” de Anton Tchecov
Encenação: Marco Antonio Rodrigues
Elenco: Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa, Rui Raposo
Cenário e Figurinos: Filipa Malva
Desenho de Luz: Alexandre Mestre
Apoio ao movimento: Joana Mattei
Grafismo: Joana Corker
Comunicação: Catarina Ribeiro, Margarida Sousa e Mariana Pardal
Fotografia: Carlos Gomes
Vídeo: Alexandre Mestre, Bruno Pires e Zeca Rodrigues
Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design)
Documentário: O Teatrão em parceria com Caminhos do Cinema Português
Costureira: Albertina Vilela
Carpintaria: Inácio Trindade
Direção de Produção: Cátia Oliveira
Produção Executiva: Ana Bárbara Queirós, Carlos Pinto e Nuno Carvalho
Direção Técnica: João Castro Gomes
Equipa Técnica: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Rui Capitão