A ODARA é uma fanzine que busca atingir um público alvo que carece de informações sobre cultura e cidadania LGBT, um meio onde quem precisa de visibilidade acaba sendo suprimido pela maior parte da sociedade. A revista terá como objetivo dar voz e visibilidade a essas pessoas que querem e precisam ser donas das suas próprias narrativas.
Projeto desenvolvido no Laboratório Profissionalizante de Tipografia e Projeto Editorial, ministrado pelo professor Volnei Matté, no segundo semestre de 2015, no curso de Desenho Industrial. na Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Simulação da sessão Viés, dedicada a assuntos políticos.
A Odara é uma revista com foco no meio LGBT abordando cultura, política e cidadania LGBT. Trazendo informação e desconstrução de paradigmas preestabelecidos pela sociedade. A revista tem como objetivo de ser inclusiva e chegar a todos os públicos, utilizará como meio para isso, o financiamento coletivo para todas suas edições.
O nome Odara vem do Pajubá, dialeto LGBT, e significa “belo, grandioso, bonito”. O Pajubá tem matriz africana e começou a ser muito utilizado no Brasil em meados dos anos 60 devido a ditadura militar, onde começou a ser utilizado devido a repressão, para despistar alguém indesejado pelo governo. A revista justamente busca abordar esse tema para a fuga desta
prisão social.
Trazendo a visibilidade de quem não tem voz na sociedade, a revista abrangerá todos aqueles que se sentem diferentes e/ou até mesmo deslocados da normatividade social, dando espaço para o público expor suas ideias, tirar dúvidas e colocar em vista a suas vivências e experiências.
O produto tem como base 40 páginas, variando de acordo com o tamanho do conteúdo das matérias sempre para mais. A revista contém toda a parte de sumário, cartas dos leitores e editor e as sessões Viés (abordando política); Presença (abordando história); Close (trazendo ensaios fotográficos com temáticas LGBTs); Palco Livre (ligando conteúdo da revista com conteúdo de credibilidade disposto na internet); Se Joga (recomendações de conteúdo LGBT com credibilidade e relevância); Montação (tutoriais de maquiagem e montagem Drag queen/king); Tô Perdida (parte separada de respostas para perguntas dos leitores); Cultura (cultura e dicas de conteúdo LGBT).
Simulação da sessão Tô perdida, dedicada a responder dúvidas dos leitores sobre o tema LGBT.
Simulação da sessão Close, focada na divulgação de ensaios fotográficos. Modelo: Ariel Barcelos.
Odara traz uma estética simples, minimalista, para apresentação do conteúdo. Se utiliza de grafismos leves, quadros e barras que trabalham junto com a forte utilização de imagens e fotografias. Usa base neutra, preta ou branca para manter o minimalismo dentro dos grafismos.
A revista mede 24x21,5cm para trazer um formato mais fechado, mais próximo a um quadrado. Tem como objetivo trabalhar dessa maneira por ser um formato mais universal para imagens, das quais se utiliza fortemente. Utiliza deste tamanho também por ter um bom aproveitamento de papel para a impressão.
A revista é muito imagética utilizando do contrate como ferramenta, ela se apresenta dessa maneira para passar uma perspectiva séria e didática ao mesmo tempo.
Odara trabalha com uma diagramação simples e informativa. Utiliza Avenir Book e Avenir Bold para títulos e subtítulos de forma sóbria e para texto principal e de apoio utiliza a Abril, tipografia serifada bastante conceituada e referência em revistas de mesma temática.
DEFINIÇÃO DE ATRIBUTOS: Objetiva e direta, evitando barreiras paradigmas e tabus sociais; informativa; imparcial.
REQUISITOS: Visualmente agradável; padrão estético; coerência na informação; relevância de informação;
de fácil leitura.
RESTRIÇÕES DE PROJETO: Não ser orientada apenas para o público homossexual masculino; não ser vendida internacionalmente; não ser financiada por empresas que não se identifiquem com a visão política da revista; não utilizar serviços de pessoas ou terceiros que não se identifiquem com a visão política da revista.
Simulação da sessão Cultura, que fecha a revista, com foco na divulgação de poemas, curiosidades, textos e afins. Ilustração: Deirdre Holanda.
A revista Odara tem como público alvo todos as lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e outras pessoas que não se encaixam dentro do binarismo, que procuram informação, esclarecimentos e/ou identificação social e de identidade. Com base em pesquisas, o conteúdo da revista se baseia no tipo de informação de relevância e política que carece nos meios de informação já existentes na sociedade.
Com caráter mais sério e informativo a revista busca uma maneira visualmente simples de se expressar, dando ênfase para o conteúdo, mostrando de maneira clara e objetiva o que realmente importa na edição. A revista tende a ser visualmente simples, utilizando poucas cores, com conteúdo mais sério, porém não muito tradicional. O visual simplificado se adapta ao moderno e com isso traz base imagética e fotográfica muito forte.
Obrigada!
PROJETO EDITORIAL // Deirdre Holanda, Juliana Krupahtz e Kennior Dias
PROJETO EDITORIAL // Deirdre Holanda, Juliana Krupahtz e Kennior Dias
PROJETO GRÁFICO DA REVISTA // Deirdre Holanda
PROJETO GRÁFICO DO PLANO DE MERCADO // Juliana Krupahtz
IDENTIDADE // Kennior Dias
TEXTO // Kennior Dias
