No desenvolvimento da narrativa da vida humana, a figura da morte é considerada a maior das antagonistas, sendo repetidamente associada a sentimentos obscuros. Para o homem, a morte é maligna, pois além de deter o poder de cessar toda uma trajetória que este julga não estar na hora de acabar, também finda uma existência regrada pela realidade, inaugurando a transição para o inesperado. Os vivos nada sabem sobre a morte, só tomando consciência do seu semblante no momento do fim, quando a alma tem de ser guiada para o outro lado.
Após anos existindo sob essa mesma faceta negativa, a morte se envaidece e cansa de ser sombria. Decide renovar-se, adotando a forma de uma criatura pura e tomando para si a beleza das enigmáticas guerreiras nórdicas do destino.
Travestida, essa personagem reveste-se de novos significados, deixando sua fama agourenta para trás. O fim perde seu caráter aterrorizador ao ser intermediado por uma criatura tão bela e teatral, encantando a fértil imaginação daqueles que ainda estão vivos e transformando a travessia em uma fábula mágica.
Coleção desenvolvida como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Bacharel em Design de Moda da UDESC.
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