Meu manguezal de menino,
berçário de tantas vidas,
foi inteiro loteado.
foi inteiro loteado.
Minhas canoas à vela,
poemas soltos ao vento,
hoje navegam roncando.
hoje navegam roncando.
O lago era um ovário
cujo canal dava ao rio,
e tudo foi aterrado.
e tudo foi aterrado.
Progresso…que desencanto!
Sou um estranho nesse ninho,
sou uma infância chorando.
sou uma infância chorando.
Infância - Manuel Andrade