O declive acentuado no terreno, localizado na região da Lagoa da Pampulha em uma área um tanto quanto bucólica tão próxima de obras singulares consagradas pelo Modernismo brasileiro, tal como a Igreja de São Francisco de Assis, foi a premissa para o desenvolvimento do projeto do Infopoint. Com programa simples, contemplando os itens básicos de um Infopoint, de cerca de oitocentos metros quadrados distribuídos para abrigar balcões de atendimento, loja de souvenir, banheiros, café, bar, cozinha, vestiários, depósitos e espaços flexíveis para abrigar as diversas atividades.
    A vista privilegiada proporcionada pelo terreno foi aproveitada por toda a extensão do projeto, tanto na parte privada do infopoint quanto da parte pública que configura os espaços do centro de informações turísticas.
    A cobertura acessível, possível graças à topografia, se estende da calçada e dos acessos existentes em direção à Lagoa com o intuito de resguardar a vista para a natureza formidável do local. Um espelho d’água foi posicionado na cobertura, de modo a ser uma barreira para os usuários sem a necessidade de se usar o guarda-corpo e ao mesmo tempo trazer conforto ambiental e valorizar este espaço que cumpre as funções de área de passagem, convivência pública e mirante.
    O centro de informações turísticas foi pensado para ter implantação discreta, se tornar parte do terreno de forma sutil e delicada de maneira a não tornar-se uma barreira visual dos horizontes para os usuários e visitantes da Igreja. Ao fundir-se com o terreno, conseguiu-se aproveitar a cobertura do Centro de Informações como uma área de passagem, convivência e mirante ao nível da calçada. 
    A fim de proporcionar a maior democratização do espaço, criou-se uma extensão da calçada pública em direção à Lagoa que se estende do encontro da escada e da rampa de acesso. Assim, o volume é dividido em duas partes, espaço flexível, de maior área, de um lado e os demais programas do InfoPoint com um espaço flexível, menor, do outro. Os portões de metal de correr estão alinhados frente à frente para os acessos públicos e o acesso de serviço logo ao lado da rampa de acesso sob o beiral da cobertura, dividindo assim os fluxos ainda nesse eixo público que nada mais é que a extensão da calçada. 
    Com o intuito de resguardar a bela vista da Lagoa para os usuários, os núcleos de serviços e áreas técnicas foram concentrados mais para dentro do terreno e alinhados num eixo para que também integrassem e atuassem dentro do sistema estrutural por utilizar as paredes como pontos de apoios para descarregar as forças, enquanto que os pilares redondos de concreto, soltos das peles de vidro e dos brises atuariam mais próximos da água. A malha estrutural dos pontos de apoio seguem o módulo de 7 x 6 m, sendo os espaçamentos de 6m entre eixos dos pilares na transversal e de 7m dos pilares até as paredes estruturais. 
    No espaço multiuso, localizado na porção norte do edifício, ao invés das paredes estruturais, foram utilizados pilares. As lajes de concreto armado são robustas devido aos vãos que estão submetidas e às cargas que poderão atuar na cobertura.
    Os materiais empregados foram pensados para atuarem expressivamente em seu estado natural, reforçando assim a simplicidade e a relação intrínseca da obra com o local onde está inserida. Concreto aparente e madeira foram as escolhas para o Centro de Informações Turísticas da Pampulha, com brises que se abrem completamente para o exterior.