Vasco Durão's profile

Guitarras ao Alto

GUITARRAS AO ALTO
 
O Guitarras ao Alto surgiu de uma ideia de Vasco Durão. Profissional do mundo da comunicação há mais de 15 anos, de redactor a estratega de marcas, em 2013 largou as agências, passou a trabalhar por conta e risco próprio e mudou-se para o Alentejo (Estremoz) com a família. Melómano incurável, um dia, a passear pelas ruas de Estremoz, passou à porta do romântico Teatro Bernardim Ribeiro e pensou: e se eu conseguisse montar um espectáculo de música exclusivo no Alentejo?
 
A semente do Guitarras ao Alto foi plantada e um ano depois germina em Beja, Portalegre e Campo Maior (20, 21 e 22 de Novembro, respectivamente), com as guitarras do Tó Trips e o Filho da Mãe a duas e a quatro mãos. E com o patrocínio da Delta e da Adega Mayor, e o apoio do Turismo do Alentejo, fazendo deste um evento inédito em Portugal e exclusivo do Alentejo.
 
Um projecto que pretende colocar o Alentejo no mapa dos eventos culturais de qualidade, e uma excelente oportunidade para passar um fim de semana numa região única, com música, vinho e gastronomia.
 
Sempre com a guitarra como mote e o Alentejo no horizonte, quem sabe se o Guitarras ao Alto não poderá voar ainda mais alto no futuro.
 
Página oficial:
www.facebook.com/guitarrasaoalto
 
Apresentação do Slideshare
www.slideshare.net/Vasco_Durao/guitarras-ao-alto
 
Ideia, Produção e Comunicação: Vasco Durão
Design: Maria João Lima (cargocollective.com/panoplia)
Fotografia: Luís Mileu (www.luismileu.net)
Produção: João Santa Marta
 
Há um ano e meio tudo mudou. Motivado pela vontade de mais vida familiar e desmotivado de uma vida profissional como redactor e estratega de marcas por conta de outrem há mais de 15 anos, decidi reassumir as rédeas e deslocar-me com a família para o Alentejo, mais concretamente para extremosa cidade de Estremoz.
 
Como a música tem sido, desde que me lembro de ser gente, um agente criativo constante, e como nunca fui versado em nenhum instrumento, talvez porque nunca me tenha atrevido, sempre houve em mim um desejo escondido de criar algo de diferente com esta arte máxima. Fazê-lo em Lisboa, seria apenas mais um. Porque uma mudança nunca vem só, no Alentejo encontrei o pretexto e o contexto ideal para imaginar e concretizar algo de inédito.
 
Tudo começou num passeio pelas ruas vizinhas à minha nova casa, onde se ergue o Teatro Bernardim Ribeiro, uma obra de arte dos anos 20 do Séc. XX. Pasmei-me à porta, rendido à beleza arquitectónica, e entrei. Foi nesta sala de espectáculos, que é um espectáculo em si própria, que o sonho nasceu com uma simples pergunta, desde sempre a melhor forma de dar rédea solta à criatividade: e se eu conseguisse montar um evento musical no Alentejo, com Estremoz como ponto de partida?
 
O desafio era difícil e, como tal, aliciante. Da experiência recente e de um passado que muitas vezes deambulou por esta região, havia a noção de que no Alentejo existem inúmeras infraestruturas culturais e vontade de fazer projectos diferentes. Contudo, a triste desertificação e alguma inércia, têm resultado no escassear de eventos culturais únicos e exclusivos. Com a máxima em mente de que o mínimo que posso conseguir é um não, e que a partir daí tudo seria possível, tudo se concretizou em menos de um ano.
 
O primeiro passo foi definir a música, que ao mesmo tempo se sintonizasse com a mística da paisagem alentejana sem fim e afinasse com a minha paixão musical - porque fazer algo que não me tocasse não fazia qualquer sentido. A guitarra soou-me a acorde perfeito, e nasceu o Guitarras ao Alto, num tom de intervenção digno do instrumento e da região.
 
Com um filho já com nome próprio, o segundo passo foi encontrar o formato ideal para o projecto e os guitarristas que lhe dessem corpo e alma. Como o sonho realmente comanda a vida, adormeci uma noite ao som do concerto do Glenn Jones e do Jack Rose na ZDB em 2004 e acordei pela fresca com uma certeza: juntar dois guitarristas portugueses que nunca tivessem tocado juntos e assistir à magia que daí pudesse resultar, a duas e a quatro mãos.
 
O Tó Trips foi uma opção imediata. Pela versatilidade que lhe é reconhecida, pela amizade, se me posso atrever, que nos liga há muitos anos e pelo entusiasmo imediato com que reagiu ao desafio. O Tó é a boa pessoa personificada. O Rui Carvalho, Filho da Mãe para os acólitos, foi uma opção óbvia. O que ele faz com uma guitarra nas mãos é grande demais para este nosso pequeno país. Um desejo: levem-no para o mundo. Eu consegui levá-lo ao Alentejo. A simbiose que os dois criaram em apenas três dias foi um dos mais inspiradores processos criativos a que tive o prazer de assistir. Uma alegria, uma amizade e uma partilha que, regadas com bom vinho e temperadas com boa comida, podia, nas palavras deles, ter continuado pela estrada fora.
 
Com música e músicos garantidos, o passo seguinte foi definir o território e fechar três locais, o mínimo olímpico para conseguir dar expressão ao empreendimento. Estremoz infelizmente saiu do mapa por questões técnicas. Portalegre chegou-se logo à frente, muito por culpa do Joaquim Ribeiro do CAEP. Quem também não hesitou em abrir as portas foi o Paulo Monteiro da Casa da Cultura de Beja. Dois nomes que dão visão e esperança cultural ao Alentejo.
 
Campo Maior podia não ser o local mais óbvio, mas a vontade da Rita Nabeiro em montar um concerto diferente na adega desenhada por Siza Vieira, e o apoio de toda a equipa da Adega Mayor/Delta, deram uma nova ambição ao projecto: para além das habituais salas de espectáculos, porque não ir também ao encontro das potencialidades únicas do território alentejano, neste caso específico uma adega?
 
Com o Turismo do Alentejo a juntar-se à festa, tudo foi orgulhosamente erguido com gentes alentejanas, originárias, residentes, ou apologistas. Da imagem criada pela Maria João Lima e pelo Luís Mileu, à impressão na LPR de Beja e à produção do João Santa Marta. Do som e apoio técnico do João Miranda de Portalegre e da associação Zarcos de Beja, a todo o pessoal da Casa da Cultura e da Câmara Municipal de Campo Maior. Do apoio à divulgação local pela mão do Aníbal Fernandes, à comunicação nacional por indicação do Pedro Santos. Dos néctares da Adega Mayor, à gastronomia do Chef José Júlio Vintém e do seu Tomba-Lobos. Foram todos estes alentejanos e os mais de 400 que nos deram ouvidos nos dias 20, 21 e 22 de Novembro de 2014, que fizeram o Guitarras ao Alto em Beja, Portalegre e Campo Maior. E foram todos eles também que motivaram o Henrique Amaro e o Luís Oliveira a juntar uma equipa da RTP que filmou toda esta aventura, a la road movie alentejano, e que terá direito de emissão brevemente numa televisão perto de si.
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Tó Trips e Filho da Mãe num espectáculo inédito e exclusivo no Alentejo: Beja, Portalegre e Campo Maior, 20, 21 e 22 de Novembro, respectivamente Read More

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