VALIDAÇÃO DE CONCEITO - CARTÃO GIFT CARD DE SAÚDE

O projeto de validação de conceito do cartão Gift Card de saúde iniciou-se com o que chamamos de fase remota. O desafio era entender se a proposta de vender saúde através de um modelo de Gift Card seria entendido pelo usuário e qual seria o formato ideal de produto. O framework da fase remota estendeu-se por 6 semanas, seguindo uma fase de descoberta, ideação, prototipação e validação. Finalizamos a fase remota com uma proposta de produtos em formato Gift Card com todo o conceito visual e comercial e insights acionáveis.

Após ter tangibilizado a proposta em um modelo ideal de produto, com sua abordagem visual e comercial, partiríamos para o que chamamos de teste físico, aplicado em um estabelecimento real. 

Como objetivo principal queríamos validar a aderência do produto criado, chamado Flex, e a aquisição de teleconsulta no formato de cartão presente, frente ao público-alvo.

Como objetivos secundários queríamos:

- explorar o interesse do público em relação às variações do produto e captar possibilidades de novos serviços com base nas experiências dos entrevistados;

- perceber se a telemedicina  é um conceito familiar e claro;

- perceber se a forma de atrair o consumidor é instigante  e afetiva;

- entender se a faixa de preço atrai o público;

- coletar eventuais feedbacks da jornada de ativação.

Iniciamos o projeto com uma profunda desk research. Tínhamos que entender sobre diferentes aspectos do produto que pretendíamos validar. O primeiro ponto era entender sobre o universo de Gift Cards e suas aplicações no mercado em locais físicos; o segundo era descobrir se haviam abordagens parecidas no mercado das Health Techs e também sobre telemedicina, serviço que o produto oferecia por trás do conceito de cartão; terceiro buscamos entender sobre programas de relacionamento que utilizam cartões em suas dinâmicas de fidelidade. 

Por restrição de budget, precisamos aplicar nosso teste físico em farmácias indicadas pelo cliente, conscientes de possíveis vieses que a pesquisa poderia trazer. Fizemos um levantamento dos aspectos das farmácias indicadas em um reconhecimento de campo. As farmácias apresentaram perfis diferentes, em relação ao perfil de compra, disposição de produtos e estrutura física e localização. Todas estas informações poderiam influenciar o resultado do teste. 

Para o teste físico era preciso a produção dos materiais de ponto de venda. Analisamos os expositores necessários para chamar atenção do usuário, mas que a aproximação do produto fosse espontânea e natural. Ao final, entendemos que um expositor ao lado do caixa da farmácia seria a posição ideal para os produtos. 

Realizamos um roteiro de entrevistas, que seria aplicada aos interessados no expositor. Tínhamos como premissa que o interesse despertado no cliente deveria ser espontâneo e natural, pois era um dos objetivos secundários do teste físico entender o que chamou a atenção no PDV.  Após o interesse percebido, abordávamos o cliente e aplicávamos o roteiro de perguntas exploratórias. 

A abordagem inovadora de venda de saúde através de um cartão presente despertava muitas dúvidas. Fizemos uma relação de todas os problemas e oportunidades detectadas.

Após o roteiro de entrevista aplicado, todo os dados foram transcritos em uma tabela para seguirmos com a fase de sistematização. Com os dados organizados, destacamos os insights mais marcantes e que representavam padrões de comportamento e mentalidades. 

OS insights foram organizados em cartões,  que continha a explicação e as evidências com falas dos entrevistados. 

Para a entrega final do projeto, apontamos os principais cuidados estratégicos que o produto deveria seguir, segundo nossa expertise de projeto: 

Foco no consumo de consultas avulsas

Estratégia de lançamento, respeitando a curva de aprendizado

Comunicação focada nos benefícios do produto e exploração nas falhas do plano de saúde tradicional 

A representação física do produto em cartão é importante

Mostrar simplicidade  e não intimidar pela tecnologia

Pesquisa de campo; desenvolvimento de roteiro para pesquisa de campo; entrevista qualitativa; observação participativa; edição de vídeo; desenvolvimento de produto físico; técnicas de merchadising.