O navio Raul Soares esteve atracado no Porto de Santos entre abril e novembro de 1964, servindo de prisão para os presos políticos da Ditadura Militar. Em 2013, foi apontado pela Comissão da Verdade como um dos locais de tortura empregados pela ditadura no Brasil. Dentre as torturas praticadas no navio-prisão, destacavam-se as péssimas condições de alimentação e higiene a que eram submetidos os prisioneiros, a exposição a temperaturas expremas de quente-frio e o tancafiamento em três calabouços localizados no porão do naio: El Moroco, próximo das caldeiras, com uma temperatura de mais de 50ºC; Night and Day, uma sala apertada com água gelada até o joelho e Casablanca, onde eram despejadas as fezes dos tripulantes.
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