Luana Lima's profile

Artigo: Mkt de Conteúdo com Madam C. J. Walker

* Publicado originalmente em 24 de agosto de 2020
Três lições de marketing de conteúdo que Madam C. J. Walker tem pra você
De lavadeira a empresária, a personagem principal da minissérie Self Made, Madam C. J. Walker, utilizou estratégias de marketing de conteúdo em uma época em que ninguém fazia ideia - nem ela mesma - da importância desse conjunto de técnicas para o mundo dos negócios.

A minissérie Self Made, produzida pela Netflix, conta a trajetória de Sarah Breedlove, mais conhecida como Madam C. J. Walker. De lavadeira a empresária, ela foi a primeira mulher negra da história a ficar milionária por conta própria nos EUA, por volta de 1910.

Como não quero dar spoiler e talvez você não tenha assistido, vou direto ao ponto.

Sarah Breedlove foi uma empreendedora absolutamente à frente do seu tempo e, entre várias lições de superação, empreendedorismo, personal branding e muito mais, achei uma boa ideia compartilhar trechos da minissérie que mostram que Madam C. J. Walker também mandava muito bem quando o assunto era marketing de conteúdo.

Neste artigo, compartilho três excelentes exemplos:

1. Uso de provas sociais para despertar senso de pertencimento;
2. Marketing de conteúdo para educar;
3. Storytelling - Boas histórias criam conexões profundas.
SENSO DE PERTENCIMENTO: UM POUCO DE NÓS NA ESSÊNCIA DO OUTRO
Desde que o mundo é mundo, buscamos fazer parte de um grupo formado por pessoas que pensam, sentem e se comportam de forma parecida com a nossa.

Mas para que a gente realmente se sinta uma fração de algo maior, a sensação de pertencimento é fundamental. Esse sentimento faz com que, de alguma forma, a gente perceba um pouco de nós na essência do outro.

Justamente por isso, o bom uso das provas sociais funciona tão bem no contexto do marketing de conteúdo. Elas são um valioso gatilho que usa experiências positivas de clientes atuais para conquistar novos.

O formato das provas sociais vem sendo desenhado ao longo do tempo: avaliações, críticas positivas, recomendações e por aí vai. Nesse caso, Sarah Breedlove entendeu, logo de cara, que colher depoimentos de clientes satisfeitas era o pulo do gato para uma campanha.
MARKETING DE CONTEÚDO PARA EDUCAR
Sei que pode parecer estranho, mas dependendo do estágio do funil de vendas em que a pessoa está, ela ainda nem percebeu que quer ou precisa de determinado produto ou serviço.

Sendo assim, é preciso criar estratégias para atrair e engajar essas pessoas. E, em um primeiro momento, isso deve ser feito com sutileza, sem conteúdos com ofertas ou chamadas para ação mais enfáticas.

Do contrário, elas podem se assustar com a mensagem enviada na hora errada e acabar rejeitando a solução oferecida.

No momento em que Sarah teve o insight que destaquei ali na imagem, ela enfrentava dificuldades para conquistar espaço no mercado. Isso porque, mesmo conhecendo profundamente as dores de suas clientes em potencial, essas mulheres ainda não sabiam que Madam C. J. Walker havia encontrado uma solução para o problema delas.

Com delicadeza e empatia, a personagem principal mostrou - por meio de conversas e ações - que existia uma solução confiável e acessível à disposição de todas elas.
STORYTELLING: BOAS HISTÓRIAS CRIAM CONEXÕES PROFUNDAS
Traduzindo ao pé da letra, Storytelling significa contar histórias. Mas quando a gente observa esse conjunto de técnicas narrativas pelo ponto de vista do marketing de conteúdo, percebemos que ele pode ser aplicado de forma estratégica para guiar o interlocutor por uma história envolvente e estruturada, com início, meio e fim.

Nesse contexto, o objetivo é criar uma conexão emocional com o outro enquanto uma mensagem é transmitida. Afinal, como a gente sabe, não é qualquer história que prende a nossa atenção e nos toca de alguma maneira.

Na minissérie Self Made, Sarah Breedlove tenta vender um produto para cabelos em uma feira livre, sem sucesso. Mas o jogo vira no momento em que ela muda o discurso e usa sua própria história para chamar atenção e despertar desejo nas pessoas ao redor.

Logo abaixo você pode ler o trecho completo:

"Irmãs, vamos falar de cabelo? Cabelo pode ser liberdade ou prisão: a escolha é de vocês. Querem melhorar de vida? Precisam de mais dinheiro? Venham! Deixem-me mostrar como.

Eu e meu cabelo éramos como Caim e Abel. Aposto que com algumas de vocês também é assim. Eu nasci livre, dois anos após a emancipação. Fiquei órfã aos sete anos, casei aos 14, engravidei aos 15 e fiquei viúva aos 20.

Tive que cuidar de mim e da minha família. Só encontrei trabalho nas plantações ou como lavadeira. Não tive tempo de cuidar do meu cabelo. Sei que vocês entendem o que estou dizendo, o trabalho na fazenda é difícil.

Quantas de vocês conhecem essa história? Eles nos humilham, não nos dão nada, fazem a gente se sentir feia. Se vierem ao meu salão, farei seus cabelos de graça.

Devem querer saber por que eu faria isso a troco de nada. Porque sei como é difícil cuidar do nosso cabelo, sei como é não ter água corrente ou produtos feitos para nós. E o mais importante: eu sei que se você ficar bem, todas nós ficaremos. Se você parecer respeitável, todas nós pareceremos.

Tudo o que fazemos como negros se reflete em nós."

Bom, essa foi uma pequena amostra dos conhecimentos que Madam C. J. Walker compartilhou com o mundo em uma época em que ninguém fazia ideia - nem ela mesma - da importância do marketing de conteúdo para o mundo dos negócios.
Artigo: Mkt de Conteúdo com Madam C. J. Walker
Published:

Artigo: Mkt de Conteúdo com Madam C. J. Walker

Published:

Creative Fields