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a natureza como obra de arte: um chão de floresta

a natureza como
obra de arte e a
resiliência vegetal:
um chão de floresta

O projeto "A natureza como obra de arte e a resiliência vegetal: um chão de floresta" foi desenvolvido como projeto final da graduação em comunicação visual na PUC-Rio, em 2023. Ele propõe uma reaproximação da natureza com o design. Com foco na etapa de processo, o trabalho acontece por meio de uma imersão, em busca de aprendizados e descobertas a partir da observação do meio ambiente, assim como manifestações inimagináveis que podem surgir desse processo. Ele consiste em um processo artístico experimental com base em registros de matrizes botânicas que compõem um material que remete ao chão de uma floresta. 

Inspirado nas formas vegetais, a ideia foi criar um compilado/ acervo de elementos sensoriais, como imagens, desenhos, pinturas,
texturas, materiais e cores para sensibilizar e provocar novas formas de percepção sutis nas pessoas sobre as plantas que encontramos no dia a dia.

Assim como os passarinhos que carregam sementinhas, o projeto busca promover a disseminação da natureza de maneira orgânica, inspirando-se na forma como a própria natureza se espalha naturalmente por todos os cantos.
Em um mundo rápido e acelerado, é cada vez mais difícil encontrar espaço para contemplar e sentir a natureza em sua plenitude.
O tempo das nossas sociedades modernas é curto e efêmero, encolhido e precipitado, impactando diretamente as pessoas e fazendo com que percamos a sutileza das sensações. Esse tempo moderno contrasta diretamente com o tempo resinoso das plantas e dos biomas, que possui seu próprio ritmo de produção, absorção e metamorfose dos resíduos gerados. Infelizmente, esse tempo já não é mais suficiente para regenerar os ecossistemas, enquanto os humanos continuam a produzir de maneira desenfreada.

Durante o processo de design, é comum nos sentirmos pressionados pelo tempo e pelos prazos estabelecidos, o que pode resultar em
decisões apressadas e falta de reflexão. No entanto, ao adotarmos uma abordagem mais consciente e inspirada na natureza, podemos explorar novas possibilidades e conceitos. Ao reinventarmos nossa perspectiva e buscarmos compreender melhor o tempo da natureza e seus processos, podemos desenvolver percepções inovadoras e uma visão mais holística do processo de projetar.

Acredito que estar em contato com o selvagem, originário e seus ciclos é uma prática enriquecedora que pode trazer novas percepções
sobre o mundo ao nosso redor. É uma busca pela sensibilização e aproximação com a natureza, através da percepção dos campos mais
sutis na experiência multissensorial e visual. Ao recuperarmos a delicadeza das coisas e dos sentidos, podemos desenvolver uma nova perspectiva em nossos projetos de design, trazendo uma abordagem mais consciente e regenerativa.
Este projeto é um processo em constante mutação, cujo potencial é infinito. Mesmo após a conclusão, acredita-se que ele nunca estará
totalmente finalizado, uma vez que a vida e a natureza continuam a acontecer ao nosso redor. Deve-se ter em mente que esse projeto será sempre algo em constante evolução e mutação, e que, por mais que não esteja nunca realmente completo, é fundamental reconhecer o momento em que uma etapa do processo se encerra para que haja expansão para novos horizontes, e quantas oportunidades ainda nos aguardam.

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