Theo Jaeger's profile

Aquele que tanto já voou

"Aquele que tanto já voou"; Gravura em metal; 2017; 22,0 x 31,5cm
"Aquele que tanto já voou"; Gravura em metal; 2017; 28,3 x 31,5cm
     Em 2017, realizei diversas gravuras em metal, parte da série intitulada Aquele que tanto já voou, contendo imagens feitas com ponta seca; ela fere o metal enquanto desenha passarinhos em ambientes melancólicos, mórbidos, lúgubres, pesados. Ao realizá-las e imprimi-las, fui percebendo que me via fazendo aquilo para que não sofresse os males da vida sozinho, mas também porque me identificava com eles. Me via como vítima, mas também como culpado.
     Foi com esse trabalho que comecei uma investigação artística sobre animais mortos ou em estado decadente. Os pássaros nas gravuras evidenciavam tanto a minha curiosidade mórbida em relação aos seus corpos quanto a minha aproximação com a fragilidade deles. Conseguia me ver como quem os matou, assim como o que morreu (me colocando como pássaro na gravura).
     Dessa forma, os pássaros começaram a se tornar cada vez mais meu ponto de interesse artístico, pois, com eles, conseguia me ver nas múltiplas realidades de existências aparentemente contrárias, mas inseparáveis, assim como a vida e a morte.
"Aquele que tanto já voou"; Gravura em metal; 2017; 27,5 x 30,0cm
"Aquele que tanto já voou"; Gravura em metal; 2017; 68,8 x 29,0cm cada
   
Processos e Detalhes
Aquele que tanto já voou
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