L'étranger

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L'étranger

L’étranger is a triptych that mixes handmade embroidery with photography. Three photos of iconic monuments in the French capital gets transformed by the presence of a textile mass, which gives shape to the most typical Brazilian rodent, the capybara. Applied directly to the photo paper, the wool and cotton lines seek to translate into images the feeling of being a foreigner. The capybara gains more and more volume throughout the work and occupies its space. But it’s still a foreign body, an element that is fixed however overflowing in the landscape. It’s relationship with each of the constructions becomes tighter every each image, from observer to inhabitant, it centralizes itself in the image and get in to the principal monument. Nevertheless, this presence does not affect the other element’s reality: life on the Parisian streets follows the flow of a normal day, the common frame of the photo. How can someone so strange be, at the same time, so ordinary? Is it possible to become part of an environment that is so far from your origin? Is it possible for the unusual to go unnoticed?

L’étranger é um tríptico que mescla bordado manual com fotografia. Três fotos em estilo cartão-postal, de monumentos icônicos da capital francesa se transformam com a presença de uma massa têxtil, que dá forma ao mais típico roedor brasileiro, a capivara. Aplicadas diretamente sobre o papel fotográfico, as linhas de lã e algodão buscam traduzir em imagem o sentimento de ser estrangeiro. A capivara, que vai ganhando cada vez mais volume ao longo da obra, ocupa seu espaço e se mostra à vontade. Ela continua sendo um corpo estranho, um elemento que se fixa transbordando na paisagem onde se encontra. A relação dela com cada uma das construções se estreita à cada imagem, de observadora à moradora, ela se centraliza na imagem e entra na obra em questão. Entretanto, essa presença não afeta em nada a realidade externa: a vida nas ruas parisienses segue o fluxo de um dia normal, o plano comum da fotografia. Como pode um sujeito tão estranho ser, ao mesmo tempo, tão ordinário? É possível tornar-se parte de um ambiente distante de sua origem? É possível o estranho passar despercebido?