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Cidades Invisíveis

Cidades Invisíveis
   A ilustração que deveria ser na capa, passou a ficar em uma capa cover para que houvesse um toque especial nesta edição medindo assim 45,13cm x 21,05cm, com quatro dobras para contemplar o tamanho do livro.
   A ilustração da cidade ficaria nas dimensões do livro, feita com toque de mandala obtendo apenas alguns pontos principais com pintura, dando liberdade ao usuário, se assim desejar, colorir a imagem.
   Ambas foram produzidas com nanquim, e manchas de aquarela, entretanto, a cidade contemplou ainda a pintura digital e lápis de cor.

“Em Cloé, cidade grande, as pessoas que passam pelas ruas não se conhecem. Quando se vêem, imaginam mil coisas a respeito uma das outras, os encontros que poderiam ocorrer entre elas, as conversas, as surpresas, as carícias, as mordidas....
 ....Mas ninguém se cumprimenta, os olhares, não se fixam.
Passa uma moça balançando uma sombrinha apoiada no ombro, e um pouco das ancas, também. Passa uma mulher vestida de preto que demonstra toda a sua idade, com os olhos inquietos debaixo do véu e os lábios tremulantes. Passa um gigante tatuado; um homem jovem com os cabelos brancos; uma anã; duas gêmeas vestidas de coral. Corre alguma coisa entre eles, uma troca de olhares como se fossem linhas que ligam uma figura à outra e desenham flechas, estrelas, triângulos, até esgotar num instante todas as combinações possíveis, e outras personagens entram em cena: um cego com um guepardo na coleira, uma cortesã com um leque de penas de avestruz, um efebo, uma mulher-canhão. Assim, entre aqueles que por acaso procuram abrigo da chuva sob o pórtico, ou aglomeram-se sob uma tenda do bazar, ou param para ouvir a banda na praça, consumam-se encontros, seduções, quase sem levantar os olhos.
Existe uma continua vibração luxuriosa em Cloé, a mis casta das cidades. Se os homens e as mulheres começassem a viver os seus sonhos efêmeros, todos os fantasmas se tornariam reais e começaria uma história de perseguições, de ficções, desentendimentos, de choques, de opressões e o carrossel das fantasias teria fim.”  ​​​​​​​
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