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PROJECTO V
3º Exercício - Recentrar Oliveira de Azeméis: Coesão e polaridade num sistema territorial singular e independente
Caracterização: 
A caracterização de Oliveira de Azeméis pode ser sintetizada em três conceitos que reflectem as suas maiores potencialidades: Indústria, Ecossistema e Património, uma vez que a ocupação do território é marcada pela implantação de grandes polos industriais, por distintas áreas verdes de floresta e por pequenos conjuntos locais de interesse histórico, arquitectónico e patrimonial. 

Estas potencialidades reflectem muito da identidade de Oliveira de Azeméis, todavia encontram-se com fraca conectividade e atractividade algo que se repercute na estagnação das mesmas, motivo pelo qual existe a necessidade de revitalização. 

Pensamos que a razão pelo elevado número de população do município se deve, não ao facto da identidade de Oliveira ser magnetizante, à excepção da indústria, mas porque está bem-dotada de acessos tais como a A1, a A29, a A32 e a IC2, porém, apesar de atraírem habitantes, estas acabam por comprometer o desenvolvimento urbano, principalmente a IC2, uma vez que rasga e separa o município, o que gera lacunas de ligação entre as partes divididas.












Estratégia: 
A estratégia do grupo reflecte a ideia expressa no título do trabalho onde se visa dinamizar e unir, através de sistema conciso, as várias potencialidades e locais que reúnem alguma centralidade pelos serviços e equipamentos que integram. Essencialmente a estratégia converge para várias acções interventivas nesses locais, potencializando-os e unindo-os através de sistemas de utilização pública visando o seu acesso democrático. Este integra as linhas de autocarro propostas, a rede ciclável e a revitalização da linha férrea. 

A proposta das linhas de autocarro assume relativa importância pois, para além de conectar elementos que se encontram um pouco mais dispersos do centro, procuram uma coesão territorial de maior abrangência chegando ao município e às suas freguesias. 

A nova rede ciclável é uma extensão da existente tendo a intenção de introduzir, de um modo mais amplo, os modos suaves de transporte que se viam reduzidos num percurso circular agora ramificados para diferentes pontos da cidade. ​​​​​​​A reactivação da linha férrea permitirá uma ligação mais rápida e directa entre vários locais do município. 

Estes sistemas visam atingir o mesmo objectivo: o incentivo à utilização do transporte colectivo em detrimento do individual, fomentando a melhor comunicação concelhia e interconcelhia.
Mobilidade: 
O plano de mobilidade intitulado "Movimentar Azeméis" procura uma visão mais integrada, relacionada e conectada do território oliveirense através da fomentação de uma rede de transportes públicos que desempenham um papel importante para o desenvolvimento urbano. 

A proposta deste plano surgiu, primeiramente, devido à fraca conectividade e coesão territorial com apenas três linhas de autocarro direccionadas às freguesias e, para o grupo, só faz sentido propor a magnetização do centro de Oliveira de Azeméis se existir forma de este poder ser usufruído pelo município. 

Assim, visa-se a implantação de um sistema integrado de mobilidade mais sustentável através da promoção e investimento em autocarros eléctricos que permita diminuir o uso do transporte individual de modo a reduzir factores que contribuem para a degradação do ambiente urbano, tais como o congestionamento do trânsito e a diminuição da segurança rodoviária. A implantação desta rede responde, principalmente, às necessidades de deslocações diárias e teve como principal preocupação conectar serviços e equipamentos essenciais. Neste sentido, as propostas das novas linhas tiveram em consideração o acima mencionado procurando abranger e unir equipamentos de administração, educação, saúde, desporto, indústria, comércio, espaços verdes notáveis e património
Unidade Operativa - Epicentro do Magnetismo:  
Esta unidade surgiu da necessidade, após uma caracterização e estratégia de grupo cuidada, de trabalhar a zona centro devido a uma série de problemas detectados, que, uma vez resolvidos, seriam capazes de ajudar a magnetizar e a unir Oliveira de Azeméis como um todo. Esta aparece como uma âncora para as restantes unidades, o ponto de chegada de locais ricos em indústria, ecossistema e património, os três factores, que aos olhos do grupo, como já mencionado, unidos, farão de Oliveira de Azeméis, não só o núcleo central, mas também o município, um lugar mais magnético, que assegurará as melhores condições aos Oliveirenses, capaz de atrair novas empresas, visitantes e o mais importante de tudo, novos habitantes, uma vez que a desertificação do núcleo urbano central se torna o problema mais evidente com o decorrer dos anos. 

Caracteriza-se por estar muito voltada para o automóvel; pela circulação confusa, contando com muitas vias de sentido único que acabam por se desenrolar em situações conflituosas; por estar desconectada com o resto no município uma vez que possui uma fraca e descontextualizada rede de transportes; pela falta de mais zonas verdes e de lazer qualificadas; pelos lotes devolutos de difícil resolução e pelo elevado número de habitações de valor arquitectónico, degradadas e muitas vezes desabitadas, o que resulta no abandono do núcleo central tradicional. Referir ainda que é lamentável, com uma identidade tão forte em tantas vertentes, estar muito pouco potencializada. 


Prevê-se então retirar ao máximo o automóvel do centro tradicional possível, tendo em atenção as ruas que beneficiam do carro; a implementação de uma boa rede de transportes públicos; expandir a ciclovia, fazer o trânsito fluir numa circular alternada em torno deste; potencializar os espaço públicos já existentes relacionando-os com a envolvente, e criar, revitalizar ou restaurar outros que seja necessário; fortificar a rede de espaços verdes, preservando os jardins, logradouros e árvores notáveis; criar ligações mais fortes e de fácil acesso à IC mas também à Zona Industrial de Riba Ul, e por fim activar a ferrovia.


Para combater estes problemas propõe-se então uma reformulação de vias, tanto quanto ao desenho, passando pela mudança de sentidos de trânsito; implantação de vias pedonais, projectos de identidade que acabam por resolver grandes problemas no tecido urbano, bem como renovar e criar novos espaços verdes de lazer; melhorar a rede de espaços públicos e espaços verdes. Neste sentido surgem 16 projectos, que se irão desenrolar em 6 fases ao longo do tempo, permitindo uma melhor gestão financeira para o município. Estas três fases estão ainda numeradas por uma ordem sugestiva de construção, seguindo uma lógica de gestão da urgência, fluidez de trânsito e da economia de meios. 

A primeira mais ligada à dinamização e potencialização do núcleo central, estabelecendo uma forte rede de espaços públicos centrais; a segunda relacionada com uma primeira parte da expansão da rede de acessibilidade e mobilidade, bem como modos suaves, o que permitirá levar à terceira fase, onde será levada a cabo a personalização e valorização do centro; uma quarta fase onde se propõe novos circuitos ecológicos, começando a segunda parte da expansão das redes viárias e de mobilidade; uma quinta, onde se irão enaltecer edificado, jardins e espaços públicos de valor patrimonial; e por fim, uma fase relacionada com a potencialização das margens Norte e Poente da área Urbana Central, encarando-se esta como uma rampa de expansão para Oliveira de Azeméis.
FAUP - Projecto V
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