Vídeo informativo sobre o perigo do mau uso de antibióticos.
O tema tratado foi escolhido sem pensar duas vezes. Ultimamente, têm aparecido cada vez mais em multimídias relatos sobre o risco de usar antibióticos sem supervisão médica e aparecimentos de super bactérias em hospitais. Muitas informações fornecidas à população não são necessariamente verídicas e o alerta ainda não está claro. Infelizmente, a divulgação de notícias leva a crer que super bactérias são casos isolados; que só existem riscos em hospitais, ou só quem teve recaída de uma doença corre perigo de vida. O vídeo objetiva mostrar a ação do antibióticos e o processo de criação de super bactérias a fim de conscientizar o espectador.
Antibióticos são substâncias que controlam o crescimento de microrganismos. Geralmente são usados para lutar contra bactérias, a fim de preservar algum alimento ou combater uma doença. Eles são ótimos para tratamentos de diversas bacterioses, como, por exemplo, a tuberculose. Mas... tudo que é bom tem um porém.

Para se curar da tuberculose, o paciente toma, durante um longo período, um antibiótico específico para eliminar a bactéria causadora dela. Através de um envenenamento seletivo, somente essa bactéria será afetada pelo remédio. Entretanto, um problema muito sério têm ocorrido.

A evolução propõe que animais que estejam mais aptos a realizar tarefas que se adequem ao seu habitat se reproduzam com mais facilidade e passem seus genes adiante, repetindo o processo na geração seguinte. Em outras palavras, somente o mais forte (ou adaptado) sobrevive.

O que isso tem a ver com antibióticos? Tuberculose é uma doença que demora muito a ser curada. A maioria das bactérias morre pelo uso de antibiótico... só que não todas. Algumas podem sobreviver ao tratamento e são resistentes a esse antibiótico. Só as mais fortes sobreviveram e, por enquanto, não são suficientes para apresentar mais sintomas. Se o paciente parar de tomar seus medicamentos antes do tempo determinado pelo médico, achando que está curado, a tuberculose pode voltar. E pior do que antes, já que apenas as mais fortes sobreviveram e estão lá se multiplicando.

Alguns médicos receitam antibióticos mesmo sem muita necessidade ou sem determinar o antibiótico mais indicado para cada caso, dando munição para que bactérias resistentes a múltiplos antibióticos sejam selecionadas e se estabeleçam, passando a ser uma grande ameaça, principalmente em ambiente hospitalar. . No Brasil, recentemente, tratamentos contra algumas bactérias, como a KPC, por exemplo, dentro de hospitais têm ficado cada vez mais difíceis devido à resistência a múltiplos antibióticos.

Aqui vão boas notícias: Pesquisas vem sendo desenvolvidas para combater as bactérias resistentes. Por exemplo, novos antibióticos poderão ficar disponíveis mais rapidamente com um novo método para obtenção deles, o BCP, que está em desenvolvimento e encurtará a produção de antibióticos para doenças novas e velhas de meses para dias. Independente disso, não se esqueça: o uso responsável de antibióticos é ainda a nossa melhor arma na guerra contra as bactérias causadoras de doenças.

Faça sua parte. Não brinque com antibióticos.”
O vídeo utiliza-se de muitas ilustrações e pouco texto. Como já evidenciado, o texto é claro e explicativo, adequado a pessoas de todas as idades. Cada elemento no vídeo foi adicionado levando-se em conta sua importância e auxílio na digestão dinâmica do assunto.

Em certos momentos, a narração encaminha o espectador a adivinhar o que ele está vendo para não prolongar o vídeo. Quando fala sobre a bactéria causadora da tuberculose, o nome a representação dela aparecem na tela. Embora não esteja especificado durante a narração que aquela é a bactéria causadora da tuberculose, a associação é inevitável devido ao momento no qual os elementos aparecem.

Similarmente, um remédio aparece e começa a girar em volta dessas “supostas” bactérias causadoras da tuberculose, junto com a narração da ação de um antibiótico. Mais uma vez, a associação é inevitável. Um pouco mais tarde o antibiótico aparece girando novamente, e o espectador já foi ensinado de que aquilo é um antibiótico e ele está agindo sobre a bactéria. E um pouco mais tarde novamente, exceto que o antibiotico toma cores e formas diferentes. Porém, o esquema da ação do antibiótico (remédio girando soltando esporos) já está muito bem assimilado no subconsciente do espectador.

Provavelmente o momento mais complicado de representar no vídeo seja a explicação da evolução. Foi preciso considerar que existem pessoas cientes do que se trata, pessoas que não entendem direito o que se trata, outras que não acreditam, outras que acreditam em outra coisa, ou outras que desconhecem. O rumo precisou ser o mais direto possível, com um detalhe: em nenhum momento é afirmado que a evolução é real. O que é afirmado é o que a evolução propõe. Independente do que o espectador acredita ou não, a explicação da existência de super bactérias é articulada com a teoria da evolução.

E a teoria é representada com um exemplo clássico, embora não mais aceito abertamente como conclusivo: o pescoço longo da girafa. Veja bem: no vídeo, o fator diferencial é o alcance da comida. Somente a girafa de pescoço longo alcança a comida na árvore, e, portanto, só ela pode se alimentar. A outra acaba morrendo de fome. Mas isso contradiz como outros animais herbívoros do mesmo habitat da girafa como, por exemplo, a zebra, sobrevive sem um pescoço longo. No entanto, como o vídeo está retratando esquemas e, portanto, as girafas estão em um “ambiente controlado”, a exibição desse exemplo ainda é válida: o único meio de conseguir comida é naquela árvore. Caso o foco do vídeo fosse evolução, provavelmente esse exemplo não seria usado ou, pelo menos, não seria usado dessa forma.
O vídeo utiliza-se de uma estética que imita o papel. Muito provavelmente seria apropriada para a criação de uma série de vídeos informativos. Sombra foi aplicada em elementos coloridos.

As formas ora são mais geométricas, ora são mais orgânicas. Isso contribui para o efeito de “papel” no vídeo. O fundo muda de cor de acordo com o que está acontecendo. É sutil, mas contribui com o desenvolvimento do vídeo.

Vários elementos foram animados para parecerem ter vida. Textos são um exemplo: para parecer que contêm vida própria, um mapa de deslocamento aleatório torna-os orgânicos (e as tipografias escolhidas contribuem com isso). As bactérias também se mexem aleatoriamente, como se tivessem vontade própria.
Acompanhando a fala, existem efeitos sonoros e música de fundo. Os volumes foram diminuídos para não atrapalhar o entendimento da narração, porém estão altos o suficiente para serem percebidos.

A música se chama “Autumm Day” e foi composta por Kevin MacLeod, e pode ser encontrada no site incompetech.com.

Os efeitos sonoros vêm das mais diversas fontes, e buscam causar humor ou facilitar o entendimento da ilustração.
Super Bactérias
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Vídeo informativo sobre o mau uso de antibióticos.

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