Trabalho final para a disciplina de Laboratório de Fotojornalismo
Aluna Maria Clara Sebben
Matrícula 22200887

A rua Largo Coronel Enéas, também conhecida como Largo da Ordem, está intimamente ligada a história de Curitiba, representando a diversidade da população curitibana.


A história de Curitiba percorre mais de quatrocentos anos. A rua Largo Coronel Enéas, também conhecida como Largo da Ordem, está intimamente ligada a essa história, de inúmeras formas. O “da ordem” faz referência à “Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas”, a igreja que chama a atenção de inúmeros turistas todos os dias. Com o tempo, a rua passou a ser carinhosamente chamada pela população de Largo da Ordem Terceira, e finalmente, de Largo da Ordem. Em 1800, era uma das ruas mais movimentadas pelos trabalhadores rurais, que vinham vender seus produtos. 


Esse espaço mudou na década de 1970, quando recebeu uma revitalização organizada pela prefeitura. O objetivo era claro: devolver a cidade ao cidadão tornando lugares como o Largo, em espaços de convivência. Diversos prédios foram tombados e a rua se tornou um centro histórico. O tema deste trabalho vai ser abordar a rua mais querida pelos curitibanos em suas diversas facetas. Mostrar os diferentes públicos que convivem nela e, principalmente, como isso muda do dia pra noite.


Geralmente os momentos mais agitados do Largo da Ordem são nos fins de semana. Nas  noites de sexta e sábado jovens se reúnem para se divertir, cantar e festejar. Nos domingos de manhã ocorre a tradicional feirinha do Largo, onde famílias se reúnem para conhecer a cultura e história curitibana.

Em 1800, era uma das ruas mais movimentadas pelos trabalhadores rurais, que vinham vender seus produtos. Hoje, é um centro histórico e espaço de convivência de quem vive na região.


A vida noturna do Largo da Ordem é agitada, e é um local de reunião para jovens que buscam por variedade em seu espaço de convivência. Na fotografia, Joel vende alimentos com sua bicicleta, que é seu meio de locomoção e trabalho. Ele frequentemente circula pelo Largo, vendendo para uma clientela que vai desde crianças buscando doces, até adultos que decidem consumir bebidas na rua e sentem necessidade de um aperitivo.
Entre muitos locais, os curitibanos escolhem o Largo como ponto de encontro. Isso ocorre na foto, em que dois homens conversam sobre suas famílias em tom de preocupação. Compartilham vivências e expõem seus medos abertamente, em meio a pessoas passando e um som alto tocando ao fundo. Além de diversão, a rua também é capaz de significar conforto para os visitantes.
Sete da manhã, os trabalhadores já iniciam a organização de suas tendas. É o horário ideal para quem anda de bicicleta ou carro, já que se torna inviável utilizar esses veículos após as 9h. Na foto, um senhor percorre o trajeto do Largo, enquanto observa a feira ser montada.
A Feira do Largo da Ordem ocorre todos os domingos e fica aberta das 9h até as 14h. Porém, os trabalhadores e comerciantes chegam ao local às 6h, organizando seus produtos. Geralmente, eles levam os objetos em carros e meios de transporte pessoais, que só podem ser movidos até 8h. Após esse horário, as ruas são fechadas para que o acesso aconteça apenas por meio de caminhada. Os vendedores, por conta disso, devem chegar cedo e suas barracas devem estar prontas antes das 8h. Na foto, uma trabalhadora pendura cachecóis em sua barraca faltando pouco mais de duas horas para a feira abrir.
A Feira do Largo da Ordem é formada por mais de 300 barracas, sendo em sua maioria formadas por famílias que vendem objetos feitos artesanalmente ou comprados de forma local. Ao todo, reúne em média 1300 pessoas a cada domingo de manhã.  
Os visitantes chegam cedo buscando encontrar a feira em seu início. O auge de público geralmente ocorre por volta das 12h, quando curitibanos e turistas se encontram para almoçar. Na foto, uma família observa os objetos disponíveis para venda.
Adultos, jovens e idosos visitam a feira, que atende a diversos gostos. Na foto, um casal escolhe broches, objeto comum no local.
O bar do Alemão, local tradicional de Curitiba, atrai turistas de diversos lugares por oferecer uma experiência alemã. 
A feira reúne diversos tipos de produtos, sendo um deles as antiguidades. Nelas, são encontrados objetos antigos, discos de vinil e livros raros. A população frequenta as barracas buscando por objetos de valor por preços acessíveis. 
A variedade de sons e estilos marca a Feira do Largo. Na foto, um músico toca músicas típicas de sua região.
Em meio à feira e agitações da rua, a Mesquita Imam Ali ibn Abi Tálib permanece aberta para visitantes, desde que retirem seus sapatos antes de entrar. Na porta, mulheres devem ser cobertas com tecidos que são disponibilizados no local, como forma de respeito aos costumes da religião. Todos os públicos são bem vindos e instruções sobre a história do local e da fé são expostos nas paredes.
Na feira, um grupo de participantes vindos do templo hare krishna cantam e tocam instrumentos, buscando adeptos à fé. Além disso, espalham panfletos e falam no microfone sobre suas crenças.
O programa Dança Curitiba é organizado pela Prefeitura da cidade, e busca realizar eventos que abordem lazer, educação e cultura. No dia 25 de junho, um concurso envolvendo diversas escolas de dança ocorreu no Memorial da Cidade de Curitiba, um grande espaço de eventos que fica no centro do Largo da Ordem. Nele, se encontram museus da história da cultura curitibana, além de espaços de lazer.
O poeta Gilmar Chiapetti distribui cadernos com suas poesias em troca de valores simbólicos, andando com uma sombrinha que, enquanto o protege do sol, também expõe seu trabalho.
A arte é um fator comum nas ruas do Largo da Ordem. Na foto, um intérprete entretém famílias permanecendo parado por horas.
Largo da Ordem
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