ATENTADOS
Uma suicida. Um carro. Uma refugiada. Uma assassina. Uma criança esquartejada. Uma artista contemporânea. Uma dona de casa com dois filhos. Todas as alternativas. Esta é Anne (ou Annie, ou Anny, ou Anuschka, ou Anya, ou Ana, ou...), o espectro que paira sobre os "Atentados", de Martin Crimp.
Annie é, ao mesmo tempo, todos e ninguém. Anny é uma qualquer. Seus atentados são tentativas de fazer sentido no mundo de hoje, no nosso mundo. São esforços de estabelecer relações afetivas que ainda guardem algum resquício de humanidade frente a terrível inadequação das palavras.
Atentados foi um espetáculo teatral levado ao palco do Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos nos dias 02, 03 e 04 de Julho de 2016. Feito por alunos das disciplinas Encenação III e Atuação III do Bacharelado em Artes Cênicas da UFSC, a direção geral de "Atentados" foi assinada por Fabio Salvatti. A preparação de elenco e a cenografia são de Márcio Cabral. O espetáculo representa o processo criativo desenvolvido em parceria entre as duas disciplinas.
Escrito em 1997, "Atentados" procura, através da fragmentação em 17 cenas, contemplar o aspecto múltiplo da construção contemporânea de identidades e de subjetividades. Annie é, ao mesmo tempo, todos e ninguém. Anny é uma qualquer. Seus atentados são tentativas de fazer sentido no mundo de hoje, no nosso mundo. Das 17 cenas originais, escolhemos apenas 7 e adicionamos uma cena de outro texto de Crimp, "Menos Emergências", escrito em 2005, que guarda com "Atentados" uma relação bastante íntima.
Na presente encenação de "Atentados", o ato de contar histórias é, ele mesmo, metalinguisticamente, posto em cena. Os mecanismos da narrativa são desmontados, de modo que ator-narrador, coisa narrada e ato de narrar se confundem. As linhas tênues se rompem e estes atores e atrizes em cena buscam no olhar do público uma dose que compaixão que os permita continuar narrando. Eles se apresentam frágeis, dependentes deste gesto generoso do público para a formação de uma comunidade ao redor das possíveis Anyas.
Na presente encenação de "Atentados", o ato de contar histórias é, ele mesmo, metalinguisticamente, posto em cena. Os mecanismos da narrativa são desmontados, de modo que ator-narrador, coisa narrada e ato de narrar se confundem. As linhas tênues se rompem e estes atores e atrizes em cena buscam no olhar do público uma dose que compaixão que os permita continuar narrando. Eles se apresentam frágeis, dependentes deste gesto generoso do público para a formação de uma comunidade ao redor das possíveis Anyas.
Ficha Técnica:
Direção: Fabio Salvatti.
Direção de Arte: Marcio Cabral.
Preparação de Elenco: Marcio Cabral.
Assistência de Direção: Amanda Terra, Beatriz Figueiredo, Blenda Trindade, Cesar Manara, Fabrício Gastaldi, Juci Wachholz, Oni Freire, Paulo Neves, Ricardo Melnik, Waleska Georgiana.
Elenco: Alexandre Borges, Blenda Trindade, Fellipe Cosme, Gabriel Salazar, Isaque Santos, Maresa Sales, Paulo Neves, Pitita Blasius, Ricardo Melnik, Waleska Georgiana.
Produção: Beatriz Figueiredo, Blenda Trindade, Cesar Manara, Gabriel Salazar, Isaque Santos, Juci Wachholz, Paulo Neves, Pitita Blasius, Ricardo Melnik, Waleska Georgiana.
Direção: Fabio Salvatti.
Direção de Arte: Marcio Cabral.
Preparação de Elenco: Marcio Cabral.
Assistência de Direção: Amanda Terra, Beatriz Figueiredo, Blenda Trindade, Cesar Manara, Fabrício Gastaldi, Juci Wachholz, Oni Freire, Paulo Neves, Ricardo Melnik, Waleska Georgiana.
Elenco: Alexandre Borges, Blenda Trindade, Fellipe Cosme, Gabriel Salazar, Isaque Santos, Maresa Sales, Paulo Neves, Pitita Blasius, Ricardo Melnik, Waleska Georgiana.
Produção: Beatriz Figueiredo, Blenda Trindade, Cesar Manara, Gabriel Salazar, Isaque Santos, Juci Wachholz, Paulo Neves, Pitita Blasius, Ricardo Melnik, Waleska Georgiana.
