Rueiro é uma plataforma digital de divulgação de eventos gratuitos na região Metropolitana de Belém (RMB), que inclui a capital paraense e outras cidades vizinhas, como Ananindeua, Castanhal e Marituba. O projeto da plataforma foi desenvolvido em equipe como um trabalho acadêmico ao longo de 6 meses, no intuito de iniciar os alunos na área de design de interfaces e aplicar o estudo da ergonomia.
Com o Rueiro, esperava-se democratizar o acesso às informações sobre eventos gratuitos, para que a população em geral da RMB pudesse se beneficiar com programas de lazer, cultura, saúde e educação, financeiramente e espacialmente acessíveis da sua realidade.
O projeto baseou-se na metodologia de Giselle Merino (2019), que é dividida em três principais momentos - Inspiração, Ideação e Implementação – e permite a inclusão do usuário no centro do projeto. Não representando na íntegra o processo metodológico que foi seguido, o esquema abaixo destaca as principais etapas e técnicas aplicadas e que mais contribuíram para o resultado final.
Belém é uma cidade que respira cultura, e se expressa com eventos. Por isso, durante o ápice da pandemia, foi fortemente prejudicada pela impossibilidade de realizar programações presenciais. Como avanço da vacinação no estado, o que se pode perceber é o anseio do público em voltar às ruas, e se tornar ainda mais participativo que antes.
Como exemplo, o Arraial do Pavulagem - uma festividade junina com elementos da cultura paraense – teve o seu primeiro cortejo em dois anos de isolamento social e contou com a participação de 45 mil pessoas.
Apesar desse interesse, encontrar eventos gratuitos perto de si não é uma tarefa fácil, já que o principal meio de busca-los é pelas redes sociais, que não possuem um mecanismo de pesquisa e filtragem, são instáveis e as informações ficam descentralizadas e divididas em vários perfis.
Do ponto de vista de pequenos organizadores de eventos, as redes sociais também não são muito vantajosas. A luta pela atenção do usuário cresce cada vez mais, e para atingir a visibilidade desejada não há como contar apenas com o orgânico. Assim, o Rueiro também foi criado para ser um espaço de baixo custo de divulgação de eventos.
Foram selecionadas algumas plataformas de divulgação de eventos que tivessem abrangência no cenário belenense e melhor performance nos critérios ergonômicos do projeto, construindo uma matriz SWOT a fim de registrar pontos, funcionalidades e atributos nos concorrentes que seriam interessantes de se trabalhar na plataforma desenvolvida, considerando as demandas e percepções coletadas do público-alvo na etapa anterior. Acima é possível ver um resumo dos principais pontos retirados da análise das plataformas.
Primeiro, foi sugerido estruturar um modelo de trabalho de sequência da situação atual, descrevendo atividades, intenções e ações feitas pelo usuário para concluir o objetivo de ir a um evento. Essa descrição sequencial auxiliou a entender quais necessidades surgem primeiro na jornada do usuário e, consequentemente, ajudou a perceber quais funções se ligam diretamente às atividades e, portanto, deveriam ser priorizadas
Em seguida, foi criada a árvore funcional a partir da função primária “Procurar ou divulgar eventos gratuitos”, uma vez que a plataforma é destinada a dois tipos de usuários diferentes e necessita que ambos a utilizem para cumprir o seu propósito. Após várias sessões de verificações, foi desejado diminuir o conteúdo da árvore, excluindo funções com base nos feedbacks recebidos.
Uma vez que aquilo que conecta o público-alvo da plataforma é o seu desejo de sair de suas casas e suas rotinas para fazer, aprender ou ver algo do seu interesse, foi escolhido como nome da marca a expressão “rueiro”, que é muito usada por paraenses e significa alguém que constantemente sai de casa. Além da ligação com o regional, o nome é simples e fácil de escrever e pronunciar, além de já estar presente no cotidiano do público.
O símbolo criado é composto de linhas retas e curvas para transmitir a sensação de movimento e dinamismo, além de simbolizar ruas, conectando o símbolo ao nome. A interface teria como paleta de cores o branco e tons de cinza para causar sensações de organização e leveza no usuário, impedindo que ele se sinta sobrecarregado ao buscar eventos. Como cor de destaque, foi escolhido o vermelho, por ser uma cor associada ao estado do Pará.
Obrigado pela sua atenção! Se quiser testar o protótipo web é só clicar aqui.
Projeto fictício desenvolvido no curso de Bacharelado em Design, sem ligação com qualquer evento, marca ou produtora mostrados nos protótipos. Podemos ter utilizado imagens ilustrativas para exemplificar o uso da plataforma, e os titulares podem entrar em contato para a remoção, caso seja desejado.
ORIENTADORES
Brena Renata (Projeto IV), Sávio Fernandes (Comunicação Visual I)
e Verônica Nagata (Empreendedorismo I).
Equipe do projeto
Andrew Garcia, Iva Fernandes, Izabelle Abreu e Maísa Aviz.
Auxílio na etapa de branding: Paula Patrício.
Auxílio na etapa de branding: Paula Patrício.