Como retratar alguém que já não está fisicamente presente? Como evocar com imagens, alguém que, fruto da memória que armazena e mapeia no tempo, os factos, as informações e episódios ou acontecimentos pessoais? Que processos mnemónicos serão estes que regem a forma de como evocamos o passado? Que imagens formamos ao evocarmos a memória? Que imagens habitam no consciente ou que imagens se formam em nós quando evocamos alguém? Estas serão algumas das questões base que norteiam a intenção de retratar a minha memória individual de alguém que foi muito próximo e com quem mantive uma convivência diária.
“+/-12 horas” é um exercício mental, visual e pessoal, que para mim se torna muito pertinente quando viajo pela memória. Mais do que evocar os acontecimentos, interessa-me uma pesquisa de imagens que se criam ao nível da memória semântica, ou seja, as lembranças de aspectos gerais e nem tanto as memórias episódicas.
Estas imagens estão, como sempre estiveram muito presentes - mais até que as imagens episódicas - e talvez com as imagens recriadas se estabeleça um novo ponto de contacto com imagens escondidas no inconsciente. Não se pretende um trabalho de recolha ou documental na sua génese, mas uma evocação a nível semântico e interpretativo.
 
+/- 12h00
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