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Ninguém arredou pé para ver a Estudantina

A prestação das tunas académicas manteve um nível de elevada intensidade. Mesmo a horas já tardias, a Estudantina e o Coral Quecofónico do Cifrão prenderam os estudantes. Com capas no ar e tradição, encerra-se assim a terceira noite da Latada de Coimbra. Por Miguel Patrão Silva e Fotografia por Andreia Gonçalves e Miguel Patrão Silva
 
 
 
Aproveitando a imensidão de gente que encheu o Parque da Canção durante a atuação de Blasted Mechanism , a Estudantina Universitária de Coimbra proporcionou mais uma hora de boa música. O concerto começou pelas 3h15, devido aos sucessivos atrasos que se verificaram ao longo da noite, e “Rapariga” foi o tema que lhe deu início. Rita Marques, trabalhadora, foi uma das que não arredou pé “vou ficar para ver, só saio de manhã”.
A Estudantina primou por uma forte interação com os presentes e frequentemente puderam ser ouvidos cânticos de “Briosa” e “Académica”. A música “Vidraça” mostra mais uma das qualidades desta tuna académica através da já clássica atuação dos pandeiretas. As suas manobras elevaram o entusiasmo dos presentes.
Após dedicar a música “meia noite ao luar” a “todos aqueles que nos acompanham desde o ínicio”, a Estudantina teve ainda tempo para agradecer aos Blasted Mechanism por lhes terem aberto o concerto. Ao som dos famosos “Traçadinho” e “Madalena”, a tuna atingiu o apogeu, e por todo o lado os estudantes abraçavam-se e cantavam com emoção.
Num piscar de olhos, a multidão presente abandonou as imediações do palco e poucos se juntaram para acolher a Tuna da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, o Coral Quecofónico do Cifrão. Alheio ao fator público, o conjunto prosseguiu a sua atuação ao som de temas como “Lágrimas de Amores” e “Minha Donzela”. Os que resistiam demonstram o seu amor por esta Tuna. Ana Catarina Caetano, estudante de economia afirma veementemente: “gosto da Estudantina mas o Coral é a melhor Tuna de Coimbra”.
A opinião dos estudantes é generalizada. A importância das tunas nestes Festivais Académicos é fulcral. Para Filipe Gonçalves, estas “para além de representar os estudantes, representam também a tradição. É importante que não se perca a sua presença”. Mesmo estando num constante clima de crise, a cidade de Coimbra e a Latada continuam bem presentes no coração dos estudantes através das atuações destes grupos. E como diz a Estudantina, “aprende-se a dizer saudade”.
Ninguém arredou pé para ver a Estudantina
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Cobertura Festa das Latas 2012

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