Projeto Maria Lacerda: Intervenção Cultural na Antiga Fabrica Labor
O Projeto urbanístico Maria Lacerda, nome inspirado na importante feminista anarquista que participou do momento de greve geral paulistano, aborda a importância de se projetar cidades seguras para as mulheres, uma vez que são elas os alvos mais fáceis de assalto, assedio, estupro e todo tipo de violência, principalmente a noite. Em resumo, o objetivo da intervenção é tentar devolver o direito da mulher à cidade, de usufruir dela como um todo.
O lote escolhido foi o pertencente a Antiga Fabrica de Tecidos Labor, pelo alto nível de degradação das muitas áreas adjacentes ao edifício propriamente tombado, o que permite fácil demolição para a abertura de entradas/caminhos entre a quadra que tornariam a rua mais movimentada e consequentemente mais seguras.
A planta e perspectiva acima mostram em roxo as áreas do terreno a serem demolidas, essa intervenção é extremamente crucial para a criação de uma boa fruição publica no projeto. Ao todo o terreno possui 16 mil metros quadrados, sendo 6 mil de área externa.
O Projeto conta com uma proposta de setorização que reforça a autossuficiência de todo o projeto urbanístico, ou seja, o próprio galpão produz (artes, vídeos do muralismo entre outros) e mantém a manutenção dos espaços criados (zeladoria dos espaços públicos do lote). Assim, o galpão foi pensado como um espaço onde mulheres em situações de vulnerabilidade seriam empregadas, afim de emponderá-las a ter uma renda própria. Consequentemente a essa ação, o espaço também conta com um pequeno centro de acolhimento emergencial para mulheres que estejam em situações de extrema insegurança, centro de coleta de lixo reciclado (emprego), além do espaço cultural, iniciativa artística em formar fazedoras de moveis reciclados, onde elas aprendem e transformam o lixo em arte e mobiliários urbanos.
Projeto desenvolvido em grupo para matéria de Desenho Urbano (Barbarah Felix, Beatriz Carvalho e Giovanna Terrazas) - 2020.1
Colagens, plantas, setorização do galpão e intervenção "muralismo": Camilla Duarte
